Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

2013, um ótimo ano para o 1% mais rico

Terça, 14 de janeiro de 2014
 Do site Controvérsia
A desigualdade entre ricos e pobres acentuou-
se ainda mais no último ano. Nos EUA, os 

mais afortunados detêm mais de metade
dos rendimentos nacionais, grau de 
concentração nunca visto desde 1917

Por Martine Orange 

Segundo os peritos, o ano de 2013 foi muito melhor do que o previsto. Muitos felicitam-se de que tenham sido superados os problemas causados pela crise econômica. Para justificar este retorno a uma situação mais normal, os comentadores sublinham os rendimentos “históricos” dos mercados bolsistas mundiais. De Nova York a Tóquio, passando por Frankfurt ou Londres, voaram de recorde em recorde, apagando todos os rastros da crise de 2008.

Outro dado igualmente reconfortante para os especialistas é que os mercados imobiliários, que estiveram no fundo durante mais de seis anos consecutivos, voltam a evoluir em subida. Os andares e as casas recuperam os preços estratosféricos que tanto satisfazem os comentadores. O mercado londrino está na cota mais alta dos últimos seis anos, e o de Nova York ascende a bom ritmo. Em suma, tudo está a voltar a como era dantes. Por fim, para alguns; ainda que só para um punhado.
O que distingue 2013 é o aprofundamento da fratura que separa os mais ricos dos mais pobres, o aumento cada vez mais escandaloso da desigualdade. A recuperação só valeu, e só vale, para o 1 % mais rico, em detrimento do 99 % restantes.