Segunda, 13 de janeiro de 2013
Do jornal El País
A Justiça de São Paulo permite que seis centros comerciais façam
triagem dos clientes para evitar os 'rolezinhos' de jovens da periferia
María Martín
São Paulo
Seis shoppings do Estado de São Paulo conseguiram ontem o apoio da
Justiça para bloquear suas portas automáticas para que policiais e
seguranças privados identificassem a quem quisesse entrar. O alvo da
discriminação: menores desacompanhados, de baixa renda. Esse é o perfil de quem está colocando em xeque vários centros comerciais do Estado com os chamados rolezinhos,
encontros multitudinários de jovens, convocados pelas redes sociais
que, mesmo sem intenção de delinquir, incomodam clientes e lojistas.
Não é a primeira vez que os shoppings reforçam a segurança e
identificam quem não se encaixa no perfil do consumidor padrão, mas a
liminar (decisão provisória) do juiz proibia e previa uma multa de
10.000 reais a quem participasse desse tipo de manifestação convocada
ontem em quatro centros comerciais do Estado. No shopping JK Iguatemi,
situado na cobiçada avenida Brigadeiro Faria Lima, os seguranças
chegaram a barrar a entrada de funcionários, jovens que não tinham cara
de compradores de um dos shoppings mais caros da cidade.