Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Fifa dá mais um drible nas pretensões de Brasília

Quarta, 15 de janeiro de 2014

Por Chico Sant’Anna
Brasília foi uma das 36 cidades ofertadas pelo Brasil para hospedar as seleções das 32 nações que estarão disputando o Mundial de 2014. Nenhum país optou pela cidade enquanto sede para a hospedagem e treinamento de suas equipes e delegações.

Cidades do interior paulista foram as preferidas, pois contam com estruturas bem montadas para treinamentos dos atletas, os chamados CTs. Nada menos do que quinze seleções estrangeirass vão se instalar e treinar no Estado de São Paulo. (Veja ao final a relação das cidades que hospedarão seleções estrangeiras).

A falta de estrutura de nível na Capital Federal, em especial centros de treinamentos de qualidade, teria sido o principal motivo da exclusão do DF. Quando Brasília foi escolhida para ser sede, chegou-se a pensar que esta poderia ser uma oportunidade para alavancar o Centro Olímpico da Universidade de Brasília, dotando-o de equipamentos de ponta. Mas ficou só na idéia.
Analistas informam também que, apesar das embaixadas estrangeiras estarem instaladas na Capital Federal, faltou ao GDF uma ação pró-ativa, contatando os diversos países e equipes, “vendendo o peixe” da cidade, como se diz popularmente. Teria ficado esperando o interesse estrangeiro.
O GDF de Agnelo e o governo federal venderam a Copa como uma fonte capaz de colocar Brasília no circuito internacional de turismo, trazer mais gringos e assim oxigenar a economia local com emprego e renda.
Para tanto, investiram quase R$ 2 bi num monstrengo de estádio que já tem goteiras.
Os famosos legados na área de transporte não vao acontecer. Expansão do Metro: a obra nem começou e está há dois anos atrasada. O VLT, idem. E tudo isso com o governo federal assegurando a verba necessária às obras dentro do Pac da Mobilidade e o da Copa. Ganhamos um corredor expresso de ônibus que destruiu o Balão do Aeroporto, e que está atrasado há pelo menos seis meses. Não é certo que esteja em operação antes de a bola rolar.