Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 11 de janeiro de 2014

Ter e não deter — ou valor de uso e valor de troca

Sábado, 11 de janeiro de 2014
Por Marcello Barra
A gasolina do Rio de Janeiro é das mais caras do Brasil, senão a mais cara. R$ 3,249, um litro.
 
O estado do Rio de Janeiro concentra grande parte do petróleo do Brasil. É lá que está a Petrobras. Foi no Rio de Janeiro que o governo brasileiro através do seu ministro das Minas e Energias, ministério espionado pelo Império EUA, privatizou Libra (reservas de 1 trilhão vendidas por 15 bilhões), retirando do monopólio estatal, a Petrobras, também espionada pelo Imperialismo, a exploração da riqueza natural.
 
Ter a riqueza e não tê-la distribuída para seu povo é história antiga do capitalismo. Potosi, cidade mais rica do mundo, fonte do ouro e prata que turbinaram a burguesia dos séculos XVII a XIX, era ao mesmo tempo a mais pobre - como nos contou Eduardo Galeano. Paradoxo? Contradição? Há pouco mais de duas décadas a Holanda experimentou fenômeno semelhante ao descobrir petróleo no mar Negro. O país, fonte de enormes reservas do ouro negro, explorou o recurso, os ricos se tornaram muito mais ricos e os pobres muito mais pobres, ao que os economistas burgueses chamaram de "doença holandesa", mas que não passa de puro eufemismo para CAPITALISMO, o regime da exploração do ser humano pelo próprio ser humano, ser humano como lobo do próprio ser humano. Toda a riqueza aos produtores!