Domingo, 2 de fevereiro de 2014
"Afinal, assassinado na favela é bandido e no asfalto é
vitima"
Mais uma vez a boa imagem de pacificação de favelas do Rio de Janeiro foi
colocada abaixo. Policiais entram na Rocinha em uma ação violenta e tiram a
vida de inocentes.
Vidas foram tiradas, sonhos perdidos, uma morte para vitima e um tormento
eterno para as famílias que nunca se conformaram com a perda do seu ente
querido.
Um adolescente com toda expectativa de vida brutalmente assassinado. Um
operário que veio da Bahia ganhar a vida é assassinado na porta de casa.
O que está acontecendo, o que o governador e seu secretário de Segurança
têm a dizer para essas famílias e para essa comunidade aterrorizada?
Estou curioso
pra ouvir as desculpas. Será que mais uma vez as vítimas serão julgadas
como
criminosas? Afinal, assassinado na favela é bandido e no asfalto é
vitima.
Agora os moradores reagem à violência recebida e pedem paz na comunidade.
O que nos resta é rezar pelas famílias e vítimas e lutarmos por uma Rocinha de
paz com verdade.
Aos familiares meus sinceros pêsames.
*Davison Coutinho, 23 anos, morador da Rocinha desde o nascimento. Formando em desenho industrial pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade, funcionário da PUC-Rio.