Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

DDH: Nota de resposta à Veja Online

Sábado, 15 de fevereiro de 2014


Conforme publicou o Radar Online, da revista Veja, o advogado João Tancredo, dono do Escritório de Advocacia João Tancredo e presidente do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (DDH), doou R$ 260 mil à campanha do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) à Prefeitura de Rio de Janeiro em 2012.

As doações são legais. Elas foram registradas na prestação de contas encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, o valor foi dividido em quatro parcelas, todas feitas através de transferência eletrônica. Do total, R$ 200 mil saíram do patrimônio pessoal do advogado, que doou como pessoa física. O restante, R$ 60 mil, foi disponibilizado pelo escritório.


O DDH repudia as seguidas tentativas da imprensa de associar a entidade à atuação de Marcelo Freixo ou ao PSOL. O deputado não tem qualquer vínculo com a entidade. João Tancredo é um advogado bem sucedido e tem total liberdade de doar dinheiro para qual partido ou candidato desejar.


Para que não haja insinuações e denúncias levianas sobre as contas do DDH, disponibilizamos aqui algumas informações financeiras relativas a 2012. No referido ano, o instituto teve quatro fontes de financiamento: o Fundo Brasil de Direitos Humanos (http://www.fundodireitoshumanos.org.br/v2/pt/), o Open Society Institute (http://www.opensocietyfoundations.org/), doações do próprio João Tancredo e outras pequenas doações de pessoa física.


Em 2012, o DDH arrecadou R$ 118.574,50. Do total, R$ 39 mil correspondem a doações do advogado, R$ 65.662,50 do Open Society Institute, R$ 11.712,00 do Fundo Brasil de Direitos Humanos e R$ 2.200 de outros doadores. Todos os projetos já foram executados e as respectivas prestações de contas aprovadas pelas instituições financiadoras.


Como alguns jornalistas nos procuraram nos últimos dias, decidimos disponibilizar com vocês todas as informações sobre o que nos foi perguntado.

Um dos assuntos abordados é o trabalho realizado pelo advogado Thiago Melo no instituto. Thiago é um militante histórico dos Direitos Humanos que atua no DDH desde 2007. Apesar de ele ser assessor de Marcelo Freixo, seu trabalho na entidade é independente. Não há nenhum impedimento legal ou ético que lhe impeça de atuar no DDH.


Também nos perguntaram sobre o advogado Tomás Ramos, que é assessor de Marcelo Freixo. Em 2007, ano da fundação do DDH, Tomás assinou a ata de constituição da entidade, mas sua participação é apenas formal e não efetiva. Ele não atua no cotidiano da instituto. À época, inclusive, ele não era filiado ao PSOL nem assessor na Assembleia Legislativa.


Alguns jornalistas também nos questionaram sobre Pâmella Passos, professora de História do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ). Ela é funcionária pública desde 2008 e seu regime de trabalho é de dedicação exclusiva. Sua colaboração é voluntária, se dá através de convênio assinado em dezembro de 2012 entre a Pró-reitoria de Extensão do IFRJ e o DDH. Pâmella participa de atividades de extensão e pesquisa em parceria com a entidade e colabora com a elaboração de projetos. Uma dessas atividades foi o “Seminário 5 anos de UPP no Rio de Janeiro”, financiado pela ONG Fase, na Uerj.


Por fim, esclarecemos a situação de Pedro Strozenberg, membro do Conselho Fiscal. Ele é do Instituto de Estudos da Religião (Iserj), foi subsecretário Estadual de Direitos Humanos e atualmente é presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos.


Reiteramos nosso repúdio a todas insinuações levianas que tentam criminalizar a atuação do DDH. Por isso, preferimos nos antecipar para que não voltemos a ser alvo de reportagens mal intencionadas.


Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2014.


Diretoria do Instituto de Defensores de Direitos Humanos.