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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Portaria da morte: menos recursos para mamografias

Quarta, 19 de fevereiro de 2014 

“Num país onde uma mulher é a presidente da República e há várias mulheres ocupando o cargo de ministras de Estado, é inaceitável que se endosse este tipo de ato normativo perverso”


por César Colnago — Do Congresso em Foco
 
A regra estabelecida pelo governo federal que prioriza exames de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos – excluindo as que estão na faixa etária a partir dos 40 anos, como manda a lei – é mais um absurdo do governo da presidente Dilma Rousseff que se elegeu envaidecida por ser a primeira mulher na história do país a chegar ao Palácio do Planalto.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, 25% dos casos de câncer de mama no Brasil são detectados nas mulheres com idade entre 40 e 50 anos. O câncer de mama é o mais frequente e a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil e no mundo.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 57 mil novos casos sejam diagnosticados no país em 2014. De forma geral, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem ressaltado a necessidade de prevenção às neoplasias,  que devem atingir 24 milhões de pessoas até 2035.

Mas, mesmo ciente desse quadro alarmante, em novembro de 2013 o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 1.253, que traz novas regras de financiamento para os procedimentos de mamografia bilateral e unilateral. O texto define nova forma de financiamento do exame, estabelecendo o pagamento da mamografia de diagnóstico por teto de financiamento de média alta complexidade, encaminhado aos estados mensalmente para o custeio de procedimentos.