Domingo, 16 de fevereiro de 2014
Leandra Felipe*
Correspondente Agência Brasil/EBC
Em comunicado divulgado na noite de ontem (15), a
União das Nações Sulamericanas (Unasul) manifestou repúdio aos recentes
atos violentos ocorridos na Venezuela, referindo-se aos danos materiais e
perdas humanas causadas pelos protestos que ocorrem no país há quatro
dias.
“A Unasul rejeita os recentes atos violentos na Venezuela e a
intenção de desestabilizar a ordem democrática constituída legitimamente
pelo voto popular. Também expressa solidariedade às famílias das
vítimas”, diz o comunicado.
O organismo multilateral também lembrou que “a preservação da
institucionalidade democrática é um pilar fundamental do processo de
integração nacional”. No texto, a Unasul recomenda que as forças
políticas e sociais do país “priorizem a busca do diálogo para a solução
pacífica das diferenças”.
Além
do bloco, outros países se manifestaram neste fim de semana sobre os
acontecimentos na Venezuela. Estados Unidos, Equador, Bolívia e Chile
enviaram mensagens ao governo venezuelano. O secretário de Estado
americano, John Kerry, disse que os Estados Unidos estão “profundamente
preocupados pelas crescentes tensões e violência na Venezuela".
Kerry pediu que o governo de Nicolás Maduro deixasse em liberdade
todos os manifestantes que haviam sido detidos e pediu que as partes
“trabalhem para restaurar a calma e evitar a violência”.
A Chancelaria chilena enviou condolências ao povo venezuelano e ao
governo, em especial às famílias das vítimas dos atos violentos. “Apesar
das dificuldades, o governo [chileno] confia no rápido esclarecimento
dos fatos, com plena garantia do devido processo”, pontua o comunicado.
Rafael Correa, presidente do Equador, também falou nesse sábado sobre
a violência dos protestos na Venezuela. Em seu programa de rádio e
televisão, ele disse que a “ultradireita usa como estratégia envenenar a
alma das pessoas”, referindo-se aos acontecimentos na Venezuela.
*Com informações da Tv Multiestatal Telesur