Segunda, 29 de setembro de 2014
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
O candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, defendeu hoje (29) a realização de uma reforma agrária ampla e a consolidação de uma política agrícola que atenda aos interesses dos pequenos agricultores. Segundo ele, os três principais candidatos à Presidência – Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) – têm compromissos com a agricultura voltada à exportação e não com os setores comprometidos em produzir alimentos para os brasileiros.
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
O candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, defendeu hoje (29) a realização de uma reforma agrária ampla e a consolidação de uma política agrícola que atenda aos interesses dos pequenos agricultores. Segundo ele, os três principais candidatos à Presidência – Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) – têm compromissos com a agricultura voltada à exportação e não com os setores comprometidos em produzir alimentos para os brasileiros.
“No Brasil, não basta uma reforma agrária. A questão não é
apenas de distribuição de terras, mas a desigualdade de condições que prioriza
o agronegócio, com a prioridade da produção de commodities para a
exportação. É uma atividade que emprega pouco, altamente predatória, danosa ao
meio ambiente e com produtividade baixa.”
Iasi se encontrou, na Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), com representantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que
lhe entregaram documento com as principais reivindicações do segmento.
“Eles nos entregaram documento bastante interessante, com
avaliação da situação da agricultura camponesa, com uma série de demandas, que
iremos avaliar. Mas como já temos uma proximidade bastante grande com a
militância do MPA, já havíamos construído uma proposta conjunta que faz parte
do nosso programa.”
O candidato disse que os pequenos agricultores estão tendo
dificuldades em conseguir linhas de crédito maiores, e defendeu apoio à
produção de alimentos no entorno das cidades, diminuindo a distância entre
produtores e consumidores, o que garante produtos mais saudáveis, baratos e
ambientalmente sustentáveis.
“A agricultura camponesa está praticamente abandonada pelas
linhas de financiamento, e o governo a considera irrelevante do ponto de vista
econômico. A nossa visão é combinar, numa reformulação do modelo agrícola, a
priorização da produção de alimentos com uma política de abastecimento. Os cinturões
verdes em torno das cidades são essenciais, visando a oferta popular.”
Nesta terça-feira (30), Iasi participa de debate na
Associação de Professores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e
na quarta-feira (1º), de encontro no Diretório Central de Estudantes da
Universidade de São Paulo.