Quinta, 29 de janeiro de 2015
Atuante militante do PCdoB durante a primeira campanha eleitoral em Brasília (1986), Jesseú sempre foi autêntico e ousado. Decepcionado com os desvios partidários se afastou, deixou seus quadros. Quantos muros furtivamente pichados nas madrugadas daquele ano, quantas faixas colocadas, e outras, de adversários, rasgadas, arrancadas? Quantas noites perdidas pelas muros e postes do DF? Jesseú, como o ato dessa quinta (29/1) demonstra, continua irreverente e ousado. Mais nu do que ele estão muitos dos seus ex-companheiros de guerra política no DF. Grande Jesseú! (comentário do Gama Livre)
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Do Jornal de Brasília
Segundo o
funcionário, ele está sendo prejudicado por reclamar da falta de cumprimento de
horário de outros funcionários
Na tarde
desta quinta-feira (29), o técnico do Departamento de Trânsito do Distrito
Federal (Detran-DF), Jesseú Emerick, ficou nu em protesto a falta de
cumprimento de horário de expediente no órgão. O homem afirma que os
funcionários cumprem apenas meio período da carga horária semanal, que seria de
40h, e, pelas reclamações, teria recebido dois Processos Administrativos
Disciplinares (PAD).
O local do
protesto, a recepção do prédio do Tribunal de Contas do DF, foi escolhido
devido a presença de jornalistas. O servidor também reclamou do serviço
prestado pelo departamento.
Jesseú
Emerick afirma que com a troca de gestão na empresa em 2011, a nova diretoria
teria exigido que fossem cumpridas as oito horas diárias de expediente, assim
como a lei determina. Mas segundo ele, funcionários “privilegiados” não cumprem
o horário estabelecido. “Cheguei a trancar minha faculdade para cumprir a carga
horária, enquanto isso tem gente que não respeita”, conta.
O técnico
de trânsito disse que após denúncias ao Ministério Público, em dezembro de
2012, ficou combinado que seriam instalados pontos de registro de frequência
biométricos no órgão, no entanto, três anos depois, nada foi feito.
Processo
lento
O servidor
disse que todos os seus requerimentos foram apurados pela própria corregedoria
do Detran-DF, mas que por causa das reclamações recebeu dois PADs. O último
deles está com o prazo além do previsto em lei. “O processo tem 60 dias para
ser concluído, prorrogáveis por mais 60. Estou cumprindo desde abril de
2014”, relata. Devido a demora na conclusão, ele diz quenão pode receber alguns
benefícios como o 13º salário.
Adimitindo
ser uma atitude de desespero, o servidor reclamou também do serviço prestado
pelo departamento. “Todo mundo sabe que os salários do Detran são altos e a produção
é baixa. Todos que vão aos postos enfrentam filas”, desabafa Jesseú.
Após a
ação, o técnico de trânsito foi advertido e orientado a se vestir. O
Jornal de Brasília procurou a administração do Detran-DF mas até o fechamento
desta edição, não houve resposta.
Fonte: Da
redação do Jornal de Brasília