Segunda, 23 de março de 2015
Avaliação do desempenho pessoal da presidente Dilma Rousseff:
Avaliação do desempenho pessoal da presidente Dilma Rousseff:
Entre aqueles que acompanham ou já ouviram
falar, 68,9% consideram que a presidente Dilma é culpada pela corrupção
que está sendo investigada na Petrobras e 67,9% acham que o
ex-presidente Lula é culpado.
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Da CNT
A 127ª Pesquisa
CNT/MDA, realizada de 16 a 19 de março de 2015 e divulgada pela CNT
(Confederação Nacional do Transporte), mostra a avaliação dos índices de
popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma Rousseff.
Aborda também a
expectativa da população sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança
pública. Os entrevistados foram questionados sobre as denúncias na Petrobras,
situação econômica e política do país, custo de vida, protestos do dia 15,
entre outros assuntos.
Foram entrevistadas
2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões,
entre os dias 16 e 19 de março de 2015.
CONCLUSÃO
A 127ª Pesquisa
CNT/MDA demonstra forte pessimismo do brasileiro em relação aos governos,
principalmente ao governo federal. Os resultados mostram queda expressiva da
popularidade da presidente Dilma Rousseff e da avaliação do governo, em
consequência, principalmente, da piora da situação econômica, do aumento da
inflação e do custo de vida, do risco de desemprego, da piora nos serviços
públicos e da corrupção, que passa a ser relacionada fortemente ao governo e à presidente da República.
A avaliação positiva
do governo federal (10,8%) apresenta o pior percentual desde a medição de
outubro de 1999 (8%). Já a aprovação do desempenho pessoal de Dilma Rousseff
(18,9%) é o pior índice registrado pela série histórica das pesquisas
realizadas pela CNT neste quesito.
Há de se considerar
que o pessimismo compromete as expectativas em relação a emprego, renda mensal,
saúde, educação e segurança.
O cenário político é
preocupante pelo alto percentual a favor do impeachment (59,7%), pelos 66,9%
que não acreditam na eficácia das medidas do governo contra a crise e ainda
pela descrença na política e nos políticos, com 90,1% dos que acompanham as
denúncias da Petrobras acreditando que os nomes citados na lista enviada ao STF
estão mesmo envolvidos em corrupção, conclui Clésio Andrade, presidente da CNT.
• AVALIAÇÃO DO
GOVERNO E DESEMPENHO PESSOAL DA PRESIDENTE
FEDERAL: A avaliação
do governo da presidente Dilma Rousseff é positiva para 10,8% dos
entrevistados, contra 64,8% de avaliação negativa. A aprovação do desempenho
pessoal da presidente atinge 18,9%, contra 77,7% de desaprovação.
ESTADUAL: 3,7%
avaliam o governador de seu Estado como ótimo. 20,7% como bom, 39,0% como
regular, 11,9%, como ruim e 14,8% como péssimo
MUNICIPAL: 4,0%
avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo. 22,8% como bom, 27,4% como
regular, 13,3%, como ruim e 28,5%, como péssimo
• EXPECTATIVA (para
os próximos 6 meses)
Emprego: vai
melhorar: 13,9%, vai piorar: 37,0%, vai ficar igual: 45,0%
Renda mensal: vai
aumentar: 14,3%, vai diminuir: 49,3%, vai ficar igual: 33,4%
Saúde: vai melhorar:
13,3%, vai piorar: 40,1%, vai ficar igual: 44,5%
Educação: vai
melhorar: 15,4%, vai piorar: 42,2%, vai ficar igual: 40,1%
Segurança pública:
vai melhorar: 13,1%, vai piorar: 37,7%, vai ficar igual: 46,8%
CONJUNTURAIS
• SITUAÇÃO POLÍTICA
ATUAL
Escolha: Se a eleição
presidencial fosse hoje, 55,7% votariam em Aécio Neves no 2º turno. 16,6%
votariam em Dilma Rousseff e 22,3% votariam em branco ou nulo.
No 2º turno da
eleição presidencial de 2014, 41,6% dos entrevistados afirmaram ter votado em
Dilma Rousseff e 37,8%, em Aécio Neves. 10,8% disseram ter votado em branco ou
nulo.
Desempenho: Neste
início de segundo mandato, 7,5% avaliam o desempenho do governo Dilma Rousseff
como positivo e 72,2% como negativo.
75,4% consideram que
o segundo mandato da presidente Dilma está pior do que o anterior. 16,4%
disseram que está a mesma coisa. Para 2,8%, está melhor. E 4,4% não souberam
avaliar.
Itens prioritários:
Para 66,7%, saúde deveria ser prioridade neste novo mandato da presidente
Dilma. 46,8% consideram educação. As outras prioridades deveriam ser: emprego
(24,6%), segurança (23,5%), economia (13,3%), habitação (6,6%), transporte
(5,5%) e saneamento (2,6%).
Promessas: Para
81,0%, a presidente Dilma Rousseff não está cumprindo com o que prometeu nesses
primeiros meses de atuação. 12,9% consideram que está cumprindo parcialmente.
4,7% disseram que ela está cumprindo sua promessa.
Dilma e Aécio: 38,0%
acreditam que se Aécio Neves tivesse vencido a eleição, o governo dele estaria
melhor do que o da presidente Dilma Rousseff. Para 32,6%, estaria igual. 17,4%
consideram que estaria pior.
• PETROBRAS E
CORRUPÇÃO
Responsabilidade:
85,0% têm acompanhado ou ouviram falar das denúncias de corrupção envolvendo a
Petrobras. Entre aqueles que acompanham ou já ouviram falar, 68,9% consideram
que a presidente Dilma é culpada pela corrupção que está sendo investigada na
Petrobras e 67,9% acham que o ex-presidente Lula é culpado.
Lista: Ainda em
relação aos que acompanham ou já ouviram falar das denúncias de corrupção da
Petrobras, 75,7% tomaram conhecimento da lista de políticos suspeitos que
estariam envolvidos no esquema de desvio de dinheiro. Entre os que acompanham
ou já ouviram falar das denúncias e tomaram conhecimento da lista, 90,1%
acreditam que os nomes citados estão realmente envolvidos no esquema de
corrupção.
Punição: Entre os que
acompanham ou ouviram falar das denúncias de corrupção na Petrobras, 65,7%
acreditam que os envolvidos no esquema de desvio de dinheiro não serão punidos
e 57,4% acreditam que o governo federal não será capaz de combater a corrupção.
• ECONOMIA E INFLAÇÃO
92,8% estão
preocupados com a situação econômica do país hoje. Para 50,1%, o país está
parado em relação à economia. 38,0% consideram que está em retrocesso e 7,2%
acham que está em desenvolvimento.
63,9% consideram que
a inflação está alta. Para 29,2%, está sem controle e 3,1% acham que está
baixa. 91,2% disseram que já sentiram os reflexos da inflação.
Preços (percentual de
entrevistados que consideram que têm aumentado)
Água e luz (97,4%),
Alimento (95,9%), Transporte (91,2%), Saúde (84,5%),
Controle da inflação
68,7% consideram que
o compromisso de controle da inflação não será mantido pelo governo federal.
• MEDIDAS CONTRA
CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA
66,9% acreditam que
as medidas tomadas atualmente pelo governo federal não serão capazes de
reverter a crise em que o país se encontra.
Entre aqueles que
acreditam que as medidas tomadas serão capazes de reverter a crise, 51,0%
consideram que os problemas serão resolvidos em um longo prazo (3 a 4 anos).
82,9% avaliam que a
presidente Dilma não está sabendo lidar com a crise econômica. E para 49,5%,
até o final do mandato a situação vai piorar. Na avaliação de 63,9%, a atual
situação econômica do Brasil é resultado, principalmente, da corrupção. 26,5%
consideram que é resultado da má gestão pública.
Reforma política:
51,1% não estão acompanhando as discussões sobre reforma política. 39,6%
consideram que uma reforma política contribuirá, em parte, para resolver vários
problemas atuais do país, como a corrupção. 14,3% consideram que resolverá
totalmente. Outros 33,2% avaliam que a reforma política não resolverá os esses
problemas.
Desafios: 50,6% acham
que o maior desafio para o Brasil envolve a corrupção. Os outros desafios foram
citados nesses percentuais: saúde (37,1%), economia (29,3%), educação (23,7%),
segurança (20,2%), emprego (13,9%), investimento em energia (5,4%), saneamento
(2,7%).
Corte de gastos: para
reduzir despesas e reequilibrar as contas, sem onerar o cidadão, 43,8%
consideram que deveria ocorrer uma reforma política. 27,8% acham que o número
de ministérios deve ser reduzido. Para 9,0%, é necessário reduzir o número de
funcionários terceirizados.
• CUSTO DE VIDA E
EMPREGO
Para 68,6%, em 2015,
o custo de vida vai aumentar. 77,2% reduziram suas despesas por causa da
situação econômica atual. 82,3% consideram que o preço dos alimentos vai
aumentar nos próximos 12 meses. Em relação aos aumentos ocorridos no início do
ano (energia, água, combustível), 61,1% avaliam que foram desnecessários.
Itens que deverão ter
mais peso nas contas pessoais dos próximos 12 meses, na avaliação dos
entrevistados: alimentação (72,3%), saúde (33,5%), transporte (29,6%), moradia
(23,7%), educação (9,8%), lazer (9,0%).
Emprego: 43,4% têm
medo de ficar desempregados.
• POLÍTICA E
PROTESTOS
83,2% apoiam a
realização de manifestações como forma de protesto. 96,1% dos entrevistados não
participaram de alguma manifestação no último dia 15 contra o governo da
presidente Dilma Rousseff.
Impeachment: 59,7%
disseram ser a favor de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
• PARALISAÇÃO DE
CAMINHONEIROS
83,5% acompanharam as
paralisações dos caminhoneiros, ocorridas em fevereiro e março. 24,1% tiveram a
rotina afetada pelas paralisações. 65,6% consideram que as paralisações de
caminhoneiros tiveram impacto no preço ou na oferta de alimentos
• CRISE DE ÁGUA E
ENERGIA
53,7% estão se
esforçando muito e mudaram hábitos para reduzir o consumo de água. 59,7% estão
se esforçando muito e mudaram hábitos para reduzir o consumo de energia.
Avaliação do governo
Dilma Rousseff:
Avaliação do desempenho pessoal da presidente Dilma Rousseff: