Quinta, 30 de abril de 2015
Da Agência Brasil
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu hoje (29) manter a
prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, investigado
na Operação Lava Jato. Na decisão, o desembargador convocado, Newton
Trisotto, entendeu que os indícios de participação do ex-diretor no
esquema de corrupção na Petrobras justificam sua prisão preventiva.
No
pedido de habeas corpus, a defesa de Duque alegou que a prisão é ilegal
e afrontou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a
soltura dele no ano passado.
Duque foi preso no dia 16 de março
pela Polícia Federal por determinação do juiz federal Sérgio Moro. Ele
está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana
de Curitiba. Segundo o juiz, mesmo após a deflagração da Operação Lava
Jato, em fevereiro de 2014, Duque continuou cometendo crime de lavagem
de dinheiro, ocultando os valores oriundos de propinas em contas
secretas no exterior, por meio de empresas offshore.
Para Sérgio
Moro, 20 milhões de euros que foram bloqueados em bancos na Suíça e em
Mônaco não são compatíveis com a renda de Duque. O ex-diretor também é
acusado dos crimes de corrupção e fraude em licitação durante sua gestão
na Petrobras. No dia 6 deste mês, o desembargador rejeitou outro
pedido de liberdade para Renato Duque.