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(Millôr Fernandes)

domingo, 26 de julho de 2015

Crise e concentração de mercado. Exxon, herdeira da Standard Oil, vai retomando a sua condição de proprietária do petróleo mundial. A Petrobras na lista de compras ou doações

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Domingo, 26 de julho de 2015
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Crise e concentração de mercado
 
Por Wladmir Coelho
O Goldman Sachs recomendou ao longo da última semana a compra de ações da petrolífera estadunidense EXXON cuja valorização ocorre em oposição a crise observada no setor.
Esta crise foi responsável, nos últimos três meses, pela demissão de 50 mil trabalhadores e anuncio de um número recorde de empresas com problemas de caixa no setor petrolífero dos Estados Unidos.
A crise não encontra-se restrita às empresas consideradas pequenas. A Conoco Philips, por exemplo, demitiu este ano 1500 trabalhadores enquanto a prestadora de serviços Halliburton anuncia a redução de 16% de seu quadro de funcionários.
No setor de prestação de serviços, diga-se de passagem, observa-se o aumento da concentração diante do anuncio da fusão entre os gigantes Halliburton e Barke Hughes.
Fusão; Este é o termo mais ameno para concentração. Tratando-se do setor petrolífero não temos, neste sentido, nenhuma novidade.
Enquanto isso as empresas – que não possuem o apoio do Goldman Sachs – anunciam uma grande venda de ativos. Alguma semelhança com a Petrobras?
Considerando este quadro adivinhem qual empresa está pronta ou capitalizada para comprar, a preço de banana, os ativos das empresas que quebram diariamente diante da desvalorização do preço do petróleo.
Para terminar: O governo dos Estados Unidos determina, através do US Energy, a produção de 9,7 milhões de barris diários forçando a queda, ou manutenção desta, nos preços do petróleo.
No Brasil a grande imprensa segue em sua missão de vender ilusões transformando o chamado mercado em uma espécie de paraíso no qual o menor preço e maior lucro ocorrem livres das intervenções políticas.
Defendem, os entreguistas de sempre, a privatização e ocultam o processo de concentração em andamento.
Enquanto o governo dos Estados Unidos, em nome de sua política econômica e segurança energética, promove a manipulação dos preços do petróleo visando o maior controle deste produto no Brasil vendem-se as ilusões do distanciamento do Estado da economia como salvação.