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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Iprev: É hoje, terça (29/9), às 14 horas a manifestação de servidores na CLDF contra proposta do governador Rollemberg

Terça, 29 de setembro de 2015
Com o objetivo de pressionar os deputados distritais a votarem contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 30 do governo Rollemberg, servidores públicos do DF realizam ato em frente à Câmara Legislativa a partir das 14h desta terça-feira (29). Os professores participam da manifestação e realizam paralisação de 24 horas.

Segundo as entidades do funcionalismo, de forma autoritária e centralizadora, o PLC 30 mexe nos fundos de pensão do Iprev, podendo comprometer a futura aposentadoria de boa parte do funcionalismo distrital.

O Fórum em Defesa do Serviço Público do DF, coordenado pela CUT Brasília, e o Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público, que representam os sindicatos das mais de 30 categorias de servidores do GDF, entregaram moção de repúdio ao PLC 30 à Câmara Legislativa na manhã dessa segunda-feira (28) e se reuniram ao longo do dia e início da noite para definir tanto os passos legais quanto os de mobilização para barrar o projeto.

Os movimentos defensores dos servidores do DF entendem o PLC 30 como um mecanismo do governo Rollemberg para subtrair recursos financeiros do Iprev-DF, o que poderá causar sérios prejuízos às futuras aposentadorias desse modelo de previdência. O ataque ao fundo de pensão foi apresentado pelo governador Rodrigo Rollemberg à imprensa sem nenhuma consulta aos servidores que investiram no Iprev ou aos conselheiros que os representam. Com a desculpa de reorganizar e unificar o Regime Próprio de Previdência Social do Distrito Federal (RPPS/DF), o PLC 30  transfere o dinheiro do Iprev para o GDF.

“Além de não ter o aval dos conselheiros e usurpar futuras aposentadorias, o Projeto está repleto de impropriedades e falhas jurídicas e não segue normas técnicas da legislação vigente. Ele infringe várias leis distritais e federais e não foi aprovado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS)”, criticam as entidades sindicais.

“Avaliamos que é um absurdo o governador apresentar um Projeto de Lei que mexe nos recursos de pensão sem consultar os maiores interessados, que são os trabalhadores e trabalhadoras que confiaram e investiram no Iprev. Esse recurso não pode ser usado para outros fins! Por isso, é fundamental a participação do maior número de servidores que for possível no ato de protesto. Devemos mostrar a esse governo que estamos atentos e vamos lutar até o fim para manter os direitos e benefícios conquistados pelos servidores de Brasília”, afirma o coordenador do Fórum em Defesa do Serviço Público e secretário geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.

Na opinião da entidades do funcionalismo, a possível aprovação desse Projeto de Lei causará problemas para as futuras aposentadorias porque irá descapitalizar o fundo e criará problemas administrativos, dentre eles, impedirá o GDF de adquirir empréstimos do governo federal.

Todavia, uma das consequências administrativas mais graves é que, se aprovado, o GDF poderá perder a Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP) de imediato e, ao perdê-la, terá vários recursos federais bloqueados, como o Fundo Constitucional, que paga os salários dos setores de educação, saúde e segurança. E mais: a retirada dos recursos do Iprev não irá garantir o reajuste e não pagará as dívidas salariais e trabalhistas que estão em aberto, tais como a licença-prêmio, o 13º salário e as horas extras.

Fonte: CUT Brasília com informações do Sinpro-DF