Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Entre bundas e bundões

Sexta, 30 de outubro de 2015
 
A origem do termo é africana.
Mais especificamente dos nativos bantos, quando aqui chegaram, durante a escravidão. Eram conhecidos como povos bundos. As mulheres se notabilizavam pela região glútea muito mais sólida, avantajada e globosa do que a dos europeus. Não demorou muito para que os portugueses, colonizadores, passassem a se referir às nádegas femininas como bundas.
O termo pegou no português praticado no Brasil e o gosto também.
Preferência nacional, dentre os homens. Chegou a ganhar uma revista especializada no tema. Em algumas culturas primitivas, em ídolos religiosos, suas formas representavam fertilidade. As mulheres se esmeram para que ela fique à altura.

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Porém, quando ela deixa sua condição substantiva para assumir a adjetiva, seu significado é totalmente outro:
  • Bundão ou Bunda mole, explica o mestre Aurélio, tem o mesmo significado de pessoa sem coragem, pusilânime.
  • Cara-de-bunda é uma expressão usada quando alguém, diante de fatos e situações, fica meio sem o que responder ou agir.
  • Bunda-suja, segundo o Michaelis pode designar uma pessoa sem poder.