Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Fundador do WikiLeaks se diz contra candidatura de Hillary à presidência dos EUA

Terça, 9 de fevereiro de 2016
Da Agência Lusa


Foto de arquivo divulgada em 2012, do fundador do Wikileaks Julian Assange na varanda da Embaixada do Ecuador em Londres
Julian Assange, em foto na varanda da Embaixada
do  Equador,  em  Londres,  onde  está  refugiado  desde  2012      Kerim  Okten/EPA/Agência  Lusa
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, disse hoje (9) que é contra a candidatura de Hillary Clinton à Presidência dos Estados Unidos (EUA) , por entender que a ex-secretária de Estado norte-americana defende uma "guerra estúpida e sem fim". Hillary Clinton é candidata às primárias pelo Partido Democrata para as eleições presidenciais norte-americanas.
Segundo Assange, se Hillary chegar à Casa Branca, vai fomentar conflitos "que vão propagar o terrorismo". O ativista ficou famoso ao divulgar milhares de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos.

"Há muitos anos que lido com Hillary Clinton e li milhares de comunicações  diplomáticas. Hillary não tem capacidade de análise e vai empurrar os Estados Unidos para conflitos infinitos", afirmou Assange, refugiado desde 2012 na Embaixada do Equador em Londres.

Ele disse que a guerra na Líbia "é o Iraque" de Clinton, que foi secretária de Estado entre 2009 e 2013. "A guerra de Hillary avivou o terrorismo, matou dezenas de milhares de civis inocentes e fez retroceder em centenas de anos os direitos das mulheres no Oriente Médio."

Assange, de 44 anos, é acusado pela Suécia de crimes sexuais. Na semana passada, o ativista australiano considerou "uma vitória" o parecer do grupo de trabalho sobre detenções arbitrárias da Organização das Nações Unidas (ONU), que considerou a detenção dele ilegal.
Assange está na embaixada do Equador onde pediu asilo. O governo da Suécia informou que vai apresentar um novo pedido para interrogar o australiano na representação diplomática em Londres.
Ele encontra-se na embaixada desde 2012, após um longo processo legal no Reino Unido, que terminou com a decisão de entregá-lo às autoridades da Suécia, onde é suspeito de crimes sexuais.