Terça, 8 de março de 2016
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
De acordo com a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), o bloqueio pode ser feito junto às operadoras e,
também, na Polícia Civil da Bahia, Ceará e Espírito Santo, onde já há acesso ao
sistema. Em breve, o mesmo poderá ser feito nas delegacias de Goiás, Mato
Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo, bem como por meio da Polícia Federal.A
partir de hoje (8), está mais fácil bloquear celulares roubados, extraviados ou
perdidos, bastando apenas ao usuário informar o número da linha para a
operadora. Antes, era necessário anunciar os cerca de 15 números que compõem o
identificador chamado Imei – espécie de chassi dos aparelhos, que pode ser visualizado
ao se digitar *#06#. Ele também pode ser localizado na parte traseira do
aparelho, em geral perto da bateria, caso o celular esteja descarregado.
Basta ao usuário fazer uma ocorrência nas
delegacias para, automaticamente, o celular ser incluído em uma lista que
contém aparelhos roubados, extraviados ou perdidos tanto em território nacional
como em 44 outros países. No caso de aparelhos com dois chips, o ideal é
informar o número das linhas às duas operadoras.
Fechando o cerco
“Estamos adotando duas formas de combate a
roubos e furtos. A primeira, bastando apresentar às operadoras ou delegacias o
número do celular, em vez dos 15 números do identificador, para bloqueá-lo. A
segunda, ao obrigarmos que transportadores e lojistas incluam, na nota fiscal,
esse identificador. Isso possibilitará a identificação dos aparelhos em caso de
roubo de cargas ou em lojas varejistas”, disse o presidente da Anatel, João
Rezende, ao anunciar as medidas hoje em Brasília.
A fim de evitar que as pessoas adquiram
celulares roubados, foi disponibilizada, na internet, uma página na qual
é possível saber se os identificadores Imei estão bloqueados. A consulta pode
ser feita pelo site www.consultaaparelhoimpedido.com.br.
“Para saber o número de identificador, basta
digitar *#06# no próprio aparelho celular”, informou Rezende. Segundo o
superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, Alexandre Bicalho,
“o roubo de celulares já estava virando uma indústria no país”, inclusive, com
a comercialização de aparelhos roubados no exterior.
“Por isso, a consulta [sobre aparelhos
bloqueados] terá também uma base internacional com mais de 30 milhões de
registros de celulares roubados em 44 países”, disse o superintendente da
Anatel.
Nos casos em que a pessoa perdeu e, depois,
encontrou o aparelho, será possível fazer o desbloqueio junto à operadora. Já
os aparelhos roubados que tenham sido localizados pela polícia poderão ser
devolvidos ao proprietário original. “Para isso, basta a boa vontade do
policial ou de quem [na consulta] descobrir que o celular está bloqueado”,
finalizou Bicalho.