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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 26 de abril de 2016

A crise da saúde pública no Distrito Federal: Bebê aguarda cirurgia no coração há mais de dois meses e corre risco de morte

Terça, 26 de abril de 2016
Devido seu grave estado de saúde, Elisa não conhece outro lugar se não um quarto do Hospital Regional de Ceilândia, onde está internada desde que nasceu

Por Vitória Pereira, Jornal de Brasília / Blog do Sombra

No DF: Bebê aguarda cirurgia no coração há mais de dois meses e corre risco de morte A crise da saúde pública no Distrito Federal está cada vez mais crítica. Desta vez, a vítima da má gestão é a pequena Elisa Sofia, nascida em 18 de fevereiro. A criança é portadora de um grave problema no coração, chamado de cardiopatia congênita, que provoca uma anormalidade na estrutura do órgão. Devido ao seu estado de saúde, Elisa não conhece outro lugar se não um quarto do Hospital Regional de Ceilândia, onde está internada desde que nasceu. 

 
Segundo a mãe de Elisa, Fátima Teixeira, sem a cirurgia, a filha corre risco de morte. "O diagnóstico demorou dois meses para ficar pronto. Desde então, minha filha está entubada e com pneumonia. O hospital alega que não tem vaga para a realização do procedimento", desabafa.
 
Moradora do Por do Sol, em Ceilândia, Fátima conta como está sendo difícil conciliar os cuidados com a bebê, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e com o filho mais velho, de 7 anos. "A Elisa não pode aguardar a cirurgia em casa, pois fica o dia inteiro ligada ao oxigênio e se alimenta somente por sonda", esclareceu.
 
Posicionamento 
 
Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal garantiu que a criança está sendo submetida a todos os exames e avaliações necessários para a realização da cirurgia. No entanto, ainda segundo a Saúde, a cirurgia, que poderá salvar a vida de Elisa, é feita somente no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), para onde ela será transferida assim que houver vaga na unidade de internação. 

Justiça
 
A família da criança entrou com um processo na justiça no dia 20 deste mês para acelerar a realização da cirgurgia. "Entramos na Justiça um dia depois de receber o diagnóstico, pois não podemos perder tempo", pontuou. Fátima espera que, ao tornar pública a situação, seja possível chamar atenção das autoridades não só para o caso de Elisa, mas de todas as famílias que se encontram nessa situação.