Domingo, 17 de abril de 2016
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também arquivou representação contra o juiz
Por Ana Maria Campos - Correio Braziliense; Blog do Sombra
Corregedoria nacional do Ministério Público arquivou
representação protocolada em janeiro pela OAB, a pedido de réus da
Operação Caixa de Pandora, contra os promotores de Justiça Sérgio Bruno
Cabral Fernandes e Carlos Augusto Silva Nina. Pelo argumento dos
advogados, os integrantes do Ministério Público do DF se uniram ao juiz
Atalá Correia para atrapalhar a estratégia de defesa. A acusação se
baseou em gravação de conversa entre os promotores e o magistrado numa
das audiências do processo em que o réu era o ex-deputado Berinaldo
Pontes. A avaliação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
foi de que não há nenhum trecho da conversa que configure falta
funcional por parte dos promotores. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
também arquivou representação contra o juiz.
Perícia contesta
Na representação, os advogados afirmam que promotores e o juiz falam
abertamente sobre edição dos vídeos apresentados pelo delator da
Pandora, Durval Barbosa. Seria, então, uma demonstração de que houve
seleção prévia de quem seria atingido pelas denúncias. Mas um laudo do
Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal (PF),
requisitado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP),
apresenta outra versão. Os peritos sustentam que não há qualquer
referência a esse assunto no diálogo. E mais: o laudo aponta que a
transcrição apresentada da conversa, pelos advogados da Pandora, inclui
trechos que não existiram.