Terça, 26 de abril de 2016
Do Esquerda.Net
Esta terça feira, tem início,
no Luxemburgo, o julgamento dos três homens acusados de divulgarem
milhares de documentos confidenciais que revelaram um esquema que
permitiu a 340 grandes multinacionais fugirem aos impostos. O Luxleaks
envolve o atual presidente da Comissão Europeia, que foi responsável por
alguns dos acordos secretos quando chefiava o governo luxemburguês.
26 de Abril, 2016
Antoine
Deltour, ex funcionário da PricewaterhouseCoopers (PwC), é o principal
denunciante do Luxleaks. Deltour assumiu ter copiado centenas de
"decisões fiscais" dos acordos celebrados pelas autoridades fiscais do
Luxemburgo em nome das multinacionais, afirmando ter agido "por
convicção".
O ex funcionário da PwC é acusado de revelação de segredos empresariais, violação do sigilo profissional, roubo e lavagem de dinheiro, e incorre numa pena até 10 anos de prisão e numa multa de um milhão de euros.
Em julgamento encontram-se ainda Raphael Halet, também ex funcionário da PwC, que é acusado de ser seu cúmplice, e Edouard Perrin, o jornalista francês que noticiou, em primeira mão, o LuxLeaks, no final de 2014, e que, por sua vez, é acusado de ser cúmplice dos dois ex-funcionários da PwC.
Perto de 135 mil pessoas já assinaram a petição em apoio a Antoine Deltour.
No documento, os e as signatários referem que o ex funcionário da PwC
apenas “queria incentivar o debate público sobre as práticas eticamente
reprováveis”.
“O seu ato cívico faz parte de um amplo movimento animado por muitos cidadãos, pequenos empresários, outros denunciantes, sindicatos, ONG's, jornalistas, partidos políticos e até mesmo instituições internacionais, todos comprometidos em agir contra a opacidade das finanças offshore e por mais justiça fiscal”, sublinham.
Também Cobus de Swardt, diretor-executivo da Transparência Internacional, critica o processo: "Deltour devia ser protegido e aplaudido, não julgado. A informação que ele divulgou é do interesse público".
Jean-Luc Mélenchon expressa, na sua página de facebook, a sua indignação face à perseguição a Deltour e a impunidade do presidente da Comissão Europeia.
O ex funcionário da PwC é acusado de revelação de segredos empresariais, violação do sigilo profissional, roubo e lavagem de dinheiro, e incorre numa pena até 10 anos de prisão e numa multa de um milhão de euros.
Em julgamento encontram-se ainda Raphael Halet, também ex funcionário da PwC, que é acusado de ser seu cúmplice, e Edouard Perrin, o jornalista francês que noticiou, em primeira mão, o LuxLeaks, no final de 2014, e que, por sua vez, é acusado de ser cúmplice dos dois ex-funcionários da PwC.
Onda de apoio a Antoine Deltour
“O seu ato cívico faz parte de um amplo movimento animado por muitos cidadãos, pequenos empresários, outros denunciantes, sindicatos, ONG's, jornalistas, partidos políticos e até mesmo instituições internacionais, todos comprometidos em agir contra a opacidade das finanças offshore e por mais justiça fiscal”, sublinham.
Também Cobus de Swardt, diretor-executivo da Transparência Internacional, critica o processo: "Deltour devia ser protegido e aplaudido, não julgado. A informação que ele divulgou é do interesse público".
Jean-Luc Mélenchon expressa, na sua página de facebook, a sua indignação face à perseguição a Deltour e a impunidade do presidente da Comissão Europeia.