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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Manifestação na Paulista termina em frente à sede da Presidência da República

Sexta, 1º de abril de 2016
Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Depois de uma caminhada de pouco mais de uma hora pela Avenida Paulista, o ato contra a polarização política, o ajuste fiscal e pela defesa dos direitos dos trabalhadores terminou pouco antes das 20h. Chamado de “Chega de Mentiras e Fora Todos”, o ato foi apoiado por partidos políticos, como o PSTU, e centrais sindicais, como a CST-Conlutas, entre outras entidades.

A manifestação teve início por volta das 16h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Por volta das 18h10, os manifestantes fecharam a Avenida Paulista, sentido Consolação, e saíram em caminhada até a Praça do Ciclista. De lá, retornaram pela Avenida Paulista, no sentido oposto, até encerrar o ato em frente ao prédio da Presidência da República em São Paulo.

São Paulo - A Central Sindical e Popular (Conlutas) pede, em ato na Avenida Paulista, a realização de novas eleições (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Ato na Paulista criticou a polarização política, o ajuste fiscal e políticos de vários partidos Rovena Rosa/Agência Brasil
Os manifestantes defenderam uma alternativa ao que chamam de polarização política e usavam camisetas pretas com fotos da presidenta Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do senador Aécio Neves, com a inscrição Fora Todos.

Um imenso cartaz com a foto de todos esses políticos e a frase Fora Todos Eles foi levado pelos manifestantes durante todo o percurso. Também havia dois grandes bonecos, um caracterizando a presidenta Dilma e, o outro, o senador Aécio Neves.

Apesar de defenderem a saída de todos os políticos citados, as entidades divergem sobre a solução política para a crise. Para o PSTU, a saída é a convocação de eleições gerais em todo o país, incluindo Presidência da República, governos estaduais e Congresso.

Já a CST-Conlutas diz que ainda está estudando com os trabalhadores alternativas para a atual situação política no país. “Esse é um debate que ainda estamos desenvolvendo, mas achamos que as duas saídas [a favor ou contra o governo] que estão aí não nos contemplam. Por isso queremos discutir, com os trabalhadores, a partir de mobilizações como essa, qual é a saída”, disse Paulo Barella, da secretaria nacional executiva da entidade.

A Polícia Militar não divulgou estimativa do número de manifestantes. Os organizadores calculam que cinco mil pessoas participaram do evento.