Segunda, 18 de abril de 2016
Que a presidente Dilma cometeu
crime de responsabilidade, tudo indica que cometeu. Verdade que o Senado é quem
vai provar ou não isso. Mas que ela ficou no meio de uns ineficientes quando
estourou essa história de impeachment, ficou.
Só alguns exemplos:
O ex-ministro da Justiça, hoje o
advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, falou, falou, falou, usou frases
achando que seria frases de efeito (contrário?), mas não convenceu ninguém;
O ex-ministro da Defesa, e
ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, o Galego, não conseguiu defender nada. Frases inúteis e sem
qualquer efeito de convencimento. E ainda, como calculador, apesar de ser
engenheiro, errou no cálculo dos votos ontem (17/4) na Câmara dos Deputados. A
presidente Dilma precisaria, pelo menos, de 171 (um, sete, um? Hummmm!!) votos
para liquidar com o impeachment ainda na Câmara. O carioca-baiano-engenheiro
que calculava, errou feio. Disse que o governo teria pelo menos 200 votos.
Cálculo errado, a casa caindo;
O deputado federal José Guimarães
até que tentou demonstrar segurança. Mas sofria pelo fato de ser o irmão do
outro José, o Genoino condenado no Mensalão. E mais, ser o ex-deputado estadual
do Ceará que teve um seu assessor preso em aeroporto de São Paulo com milhares e milhares de reais
na mala e também na cueca. História dentro do Mensalão e inexplicável até hoje.
Uma coisa é certa. A grana não foi originada pela compra e venda de verduras,
como se tentou justificar a “cuecada”.
Vamos parar por aqui, até porque a
presença de Lula no bunker instalado em hotel ao lado do Palácio do Alvorada
não funcionou bem. Se funcionou alguma coisa, não deu para salvar o ex-presidente. Afinal,
parece que a preocupação dele era maior com o seu futuro, não com o de Dilma.
Até porque, quem sabe, se mais adiante ele vai declarar que nunca viu Dilma na
vida.