Quarta, 13 de abril de 2016
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
O vice-presidente Michel Temer entrou com um
pedido hoje (13) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o
processo que tramita na Corte pedindo a cassação do mandato da
presidenta Dilma Rousseff e do vice tenha as responsabilizações de ambos
separadas. De acordo com a defesa de Michel Temer, caso o TSE julgue
procedente a ação de investigação, o vice-presidente não deveria receber
a mesma sanção que Dilma, já que, segundo Temer, as acusações são de
que somente ela e o PT teriam feito arrecadação ilícita de campanha.
Os
advogados de Temer alegam, no pedido, que ele movimentou seus próprios
recursos e, por isso, só poderia ser responsabilizado por esta
movimentação. Uma das argumentações feitas pela equipe do peemedebista é
que o próprio PSDB, ao propor as ações, não apresenta acusação
referente a Temer e, sim, em relação à campanha da petista.
A
defesa do vice-presidente também pede que sejam extintas duas das quatro
ações que tramitam no TSE sobre o assunto: uma representação ajuizada
pela coligação Muda Brasil e o PSDB, e a Ação de Impugnação de Mandato
Eletivo. Quanto às duas ações de investigação, o pedido é que o conceito
de "beneficiamento absoluto", segundo o qual, Temer também assumiu o
mandato junto com Dilma, seja flexibilizado.
A solicitação foi
encaminhada à ministra Maria Thereza de Assis, que é a atual
Corregedora-Geral Eleitoral e responsável pela relatoria dos quatro
processos.
Nessa segunda-feira (11), o ministro do Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que foi eleito presidente do TSE, disse
que a ação de cassação da chapa Dilma-Temer pode ficar para o segundo
semestre deste ano ou para o ano que vem.