Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Cachaça errada no Maranhão

Quinta, 12 de maio de 2016
Quem é o autor, não sei. Apenas sei que corre  pelo WhatsApp. Recebi lá das bandas da Bahia, de onde devem ter recebido de lá do Maranhão.

CACHAÇA ERRADA NO MARANHÃO
   
I

Numa sessão do AA,

O velho Mané Sinhô

Contou sobre uma carraspana

Que certa feita tomou

E uma batalhão da Polícia

Sozinho desafiou.

 
II

Ele tomou litro e meio

Da cana Velho Barreiro.

Depois do terceiro gole,

Pulou no meio do terreiro,

Difamou o promotor

Perto da Rua do Ferreiro.

 
III

O juiz “Mão-de-Gengibre”

Chegou para apaziguar,

Juntamente com o prefeito

E a mãe de um parlamentar,

E Mané Sinhô com uma faca

Dizendo que ia matar.

 
IV

Foi quando se aproximou

A tropa do batalhão,

Mané surrou um soldado,

O cabo caiu no chão,

Deu rasteira no tenente

E uma “banda” no capitão.

 
V

Hoje Mané se lembrou

Da antiga confusão,

Foi aí que percebeu

Que o Waldir Maranhão

Bebeu da Velho Barreiro

Para anular a sessão.

 
VI

Foram três litros de pinga,

Tira-gosto de linguiça,

Uma farofa de cebola,

Um assado de chouriça

E uma carta de intenções

Do ministro da Justiça.

VII

Waldir começou com medo,

Falou que ia pensar,

Que a coisa era complexa,

Mimimi e blábláblá,

Mas, quando tomou a cana,

Começou a engrossar.

 
VIII

Na quarta ou quinta bicadas,

Afirmou: - Vou assinar,

Não tenho medo de Cunha,

De Temer nem de Jucá,

Eu abro a tampa do pote

Só pra ver destambocar!

 
IX

 - Já quiseram me pegar

Uma vez lá em Codó

Com um fio do meu bigode

Na pemba do catimbó,

Porque eu não quis casar

Com a moça de um peito só.


X

Pior foi no dia seguinte,

Quando o efeito passou

Da cana que tinha tomado

E ele viu o que assinou,

Desembarcou da viagem

Que bêbado só tem coragem

Na hora do estupor!