Quinta, 12 de maio de 2016
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil
A Justiça Federal do Paraná acatou hoje (12) denúncia oferecida
pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o empresário Ronan Maria
Pinto, preso na 27ª fase da Operação Lava Jato. Além dele, mais oito
pessoas também responderão à Justiça, entre elas o ex-tesoureiro do PT
Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério, ambos já condenados no
processo do mensalão.
Todos
responderão por lavagem de dinheiro, conforme pedido do MPF. A denúncia
envolve R$ 6 milhões, resultado de um empréstimo fraudulento no Banco
Schahin. O valor representa a metade dos R$ 12 milhões repassados pela
instituição financeira a José Carlos Bumlai, que, em outubro de 2004,
seria o interlocutor do PT.
“Em grande síntese, na evolução das
apurações, foram colhidas provas, em cognição sumária, de um grande
esquema criminoso de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da
empresa Petróleo Brasileiro S/A - Petrobras, cujo acionista majoritário e
controlador é a União Federal”, destacou o juiz federal Sérgio Moro,
responsável pela condução do processo.
Moro informou que não
houve devolução do suposto empréstimo ao Banco Schahin, “tendo os
contratos, segundo a denúncia, sido simulados para justificar falsamente
a circulação dos valores e a transferência final a Ronan Maria Pinto”.
Além
de Ronan Maria Pinto, estão na segunda denúncia Sandro Tordin, Marcos
Valério Fernandes de Souza, Enivaldo Quadrado, Luiz Carlos Casante,
Breno Altman, Natalino Bertin, Oswaldo Rodrigues Vieira Filho e Delúbio
Soares de Castro.