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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Em gravações Jucá, hoje ministro de Temer, fala em pacto para deter avanço da Lava Jato, diz Folha; "Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria"

Segunda, 23 de maio de 2016
Do Blog do Sombra e  Infomoney
Uma série de gravações registradas em março mostram que o atual ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), conversou com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sugerindo que uma "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. ...
 
De acordo com a publicação, as conversas somam 1h15min e estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República). Em contato com o jornal, o advogado do ministro do Planejamento, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que seu cliente "jamais pensaria em fazer qualquer interferência" na Lava Jato e que as conversas não contêm ilegalidades.
 
Machado temia que as apurações contra ele fossem enviadas de Brasília, onde tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal), para a vara do juiz Sergio Moro, em Curitiba (PR). Para ele , esta mudança no caso seria uma estratégia para que ele fizesse uma delação e incriminasse líderes do PMDB.
 
Machado disse que novas delações na Lava Jato não deixariam "pedra sobre pedra". Jucá concordou que o caso de Machado "não pode ficar na mão desse [Moro]". O atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política para evitar que o caso caísse nas mãos de Moro. "Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", diz Jucá, um dos articuladores do impeachment de Dilma. Machado respondeu que era necessária "uma coisa política e rápida".
 
Jucá é alvo de um inquérito no STF derivado da Lava Jato por suposto recebimento de propina. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou em delação que o peemedebista o procurou para ajudar na campanha de seu filho, candidato a vice-governador de Roraima, e que por isso doou R$ 1,5 milhão.
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Leia a matéria da Folha em: 

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1774018-em-dialogos-gravados-juca-fala-em-pacto-para-deter-avanco-da-lava-jato.shtml