Quarta, 25 de maio de 2016
Do Jornal do Brasil
Ex-presidente da Transpetro cita Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou na noite desta terça-feira (24) a delação premiada
do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, responsável pela queda
do senador Romero Jucá do Ministério do Planejamento nesta segunda-feira
(23), após divulgação de conversa na qual Jucá planeja interromper as
investigações da operação Lava Jato.
A partir de agora, a delação
de Machado passa a ter valor jurídico e pode provocar desdobramentos que
resultem em novos inquéritos abertos pela Procuradoria-geral da
República com a autorização do STF.
Na
cúpula do PMDB, o receio é que se confirmem as informações que vêm
circulando no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional: a de que
Machado gravou José Sarney e o presidente do Senado, Renan Calheiros, em
tentativas de se estancar a Lava Jato. Quem teve acesso
aos áudios, gravados pelo ex-presidente da Transpetro em conversas
separadas com os peemedebistas, afirma que o caso Jucá "não é nada"
comparado ao que Renan e Sarney disseram.
As gravações foram feitas no âmbito da delação premiada que Sérgio Machado fechou com a Procuradoria, negociada
desde março, quando a conversa com Jucá foi gravada. O acordo com a PGR
foi selado na semana passada. Nas gravações, Machado compromete, ainda,
os senadores Jader Barbalho e Edison Lobão.