Quinta, 5 de maio de 2016
Da Tribuna da Internet
Carlos Chagas
Não sobrou ninguém. O trator de Rodrigo Janot passou em cima do Lula,
porque uma organização criminosa como a Lava Jato não funcionaria sem
ele. Dilma é denunciada por obstruir o Judiciário ao indicar um
ministro do Superior Tribunal de Justiça e, mais, por nomear o Lula
para a chefia da Casa Civil. José Eduardo Cardoso, ex-ministro da
Justiça e atual advogado-geral da União, por tentar obter a liberdade de
empreiteiros presos na Operação Lava Jato. Incluem-se na quadrilha
Eduardo Cunha, presidente da Câmara, ao receber propinas variadas; Renan
Calheiros, presidente do Senado, pelos mesmos motivos.
E mais Aloísio Mercadante, ministro da Educação, Edinho Silva,
ministro da Comunicação Social, Jader Barbalho, Romero Jucá e Waldir
Raupp, senadores, além de Jacques Wagner e Ricardo Berzoini, ministros, e
o assessor Giles Azevedo, além de Antonio Palocci, Erenice Guerra,
também ex-ministros, Paulo Okamotto e José Sérgio Gabrielli, ,
ex-presidentes do Sebrae e da Petrobras. Sem esquecer Delcidio Amaral.
Ao todo, o Procurador Geral da República denunciou 29 personagens dos
governos Lula e Dilma, todos às voltas com processos conduzidos pelo
ministro Teori Savaski, do Supremo Tribunal Federal. Somados aos antigos
dirigentes e líderes do PT, uns já presos, outro quase, eles compõem
uma quadrilha para ninguém botar defeito. Recomenda-se a quem quiser
saber o nome de todos, recorrer aos arquivos do Judiciário e da
Procuradoria, bem como à memória e às coleções de jornais.
VIGARISTAS E LADRÕES
Se alguém buscava razões para o país estar em frangalhos, eis a
principal: o número de bandidos, vigaristas e ladrões incrustados nos
dois governos dos companheiros.
Anulam-se os efeitos dos benefícios que puderam ser prestados por
eles em favor dos menos favorecidos. Aliás, boa parte está desfeita.
Evaporou.
Fora os que já se encontram na cadeia, por obra de investigações e
sentenças anteriores, essa nova relação conduz a iguais previsões.
Fazer o quê? Pelo menos imaginar que o exemplo frutifique e que acabe
se tornando um mau negócio botar a mão nos dinheiros públicos…