Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 29 de maio de 2016

Nota de repúdio à repressão na Marcha da Maconha de Brasília

Domingo, 29 de maio de 2016
Do Psol/DF
Com indignação que demonstramos nosso repúdio com a "operação de segurança" realizada neste 28 de maio de 2016 na Marcha da Maconha de Brasília. Somos defensores do direito a livre manifestação como fundamentado inclusive na legislação brasileira. Na contramão deste processo, a Polícia Militar conduziu uma abordagem violenta contra os participantes de uma manifestação que defendia a legalização das drogas. É sabido que a discussão sobre a política de drogas trata de uma temática complexa e que divide opiniões na sociedade, mas isto não abre qualquer precedente para que a polícia faça uma abordagem de revista inédita e que fere um direito democrático de manifestação. Houve coação à vários manifestantes que estavam com camisetas, panfletos e outros ornamentos de defesa da legalização da maconha, com base na tese da apologia, tema superado por decisão do STF. Defender a legalização não significa apologia!

O Partido Socialismo e Liberdade não acredita que a guerra às drogas como política funcione e defende que a regulamentação com ampla discussão na sociedade seja a melhor saída para a questão. 
Felizmente, a marcha deste ano foi uma das maiores da história da capital federal. Mostrando que amplos setores da sociedade estão mobilizados por outra política de drogas.
Denunciamos fortemente a prisão de cerca de 50 manifestantes como um atentado ao direito democrático de manifestação e como parte de uma estratégia de coação e esvaziamento da marcha. Neste sentido, nos solidarizamos com os organizadores/as, manifestantes e nos colocamos a disposição para contribuir nas articulações políticas e jurídicas que demonstrem desaprovação às ações conduzidas nesta ocasião pela Secretaria de Segurança Pública do DF.


Brasília, 28 de maio de 2016.
Executiva do Partido Socialismo e Liberdade do Distrito Federal - PSOL/DF