Segunda, 9 de maio de 2016
Top! Top! Top! do personagem Baixim, criação de Henfil, para Mantega.
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Top! Top! Top! do personagem Baixim, criação de Henfil, para Mantega.
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Felipe Pontes e Flávia Albuquerque - Repórteres da Agência Brasil
O ex-ministro da Fazenda [do governo Dilma e ministro da Fazenda e ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão do Governo Lula] Guido Mantega foi conduzido coercitivamente
hoje (9) pela Polícia Federal para prestar depoimento em São Paulo, como
parte das ações da 7ª fase da Operação Zelotes, que investiga a
manipulação de julgamentos no âmbito do Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda. Ele
presta depoimento na Superintendência da PF, na capital paulista, aonde
chegou por volta das 10h. Segundo a PF, ele está no sexto andar – onde
fica a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros.
A Polícia
Federal quer apurar a ligação do ex-ministro com a empresa Cimento Penha
– suspeita de comprar decisões do Carf. O órgão é a última instância de
julgamento de recursos contra multas aplicadas pela Receita Federal.
Mantega
já teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados por ordem do juiz
Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela Zelotes, em novembro do
ano passado. A finalidade era investigar a existência de ligações entre o
ex-ministro e empresários beneficiados por decisões do Carf, uma vez
que ele foi responsável pela nomeação de conselheiros do órgão no
período em que foram identificadas as irregularidades. Para os
procuradores do Ministério Público Federal (MPF), o “esquema complexo”
de “venda de decisão” em julgamentos do Carf envolveu a nomeação
indevida de um dos conselheiros.
A atual fase da Zelotes
investiga o perdão de multas que chegam R$ 57 milhões por julgamentos no
Carf, informou a PF. São cumpridos 27 mandados judiciais, sendo 12 de
busca e apreensão e 15 de condução coercitiva em Pernambuco, São Paulo,
Santa Catarina, Bahia, Distrito Federal e Paraíba. Uma pessoa está sendo
ouvida no Complexo da Papuda, penitenciária que fica em Brasília.
São
investigados os crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico
de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem
de dinheiro. O processo corre em segredo de Justiça.
Na semana
passada, a Justiça Federal condenou nove pessoas envolvidas em um
esquema de compra de medidas provisórias durante os governos de Luiz
Inácio Lula da Silva. Essa decisão proferida pelo juiz Vallisney de
Souza Oliveira não menciona Guido Mantega. O caso foi um dos desdobramentos das investigações da Operação Zelotes, iniciadas em 2014.