Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Rollemberg, a Cavalgada no Gama, o Cavalo, as Rédeas, o Governo do DF

Segunda, 2 de abril de 2016
Sábado passado (30/4) houve uma tal Cavalgada da Solidariedade na Zona (sem trocadilhos) Rural do Gama.

O governador Rollemberg não só compareceu ao evento, mas também participou da Cavalgada montado num cavalo selado, com todos os arreios que um cavaleiro tem direito, e que os cavalos não merecem, porque sofrem.

Dizem que não teve dificuldade em manejar as rédeas e fazer com que o cavalo, que se encontrava com ferro (brida) na boca, atendesse aos seus comandos e marchasse junto aos outros. As boas línguas dizem que ele foi um bom cavaleiro. As más, que ele estava meio desengonçado em cima do animal.

Mas devemos reconhecer, talvez, que ele monte melhor um cavalo do que a um governo.

O alazão GDF passou encilhado e ele, nas eleições de 2014, não perdeu o pulo. Tuf! Pegou o bicho, montou na sela e pretendeu sair em disparada.

Em janeiro de 2015, ao assumir de fato e de direito o belo ‘Cavalo—GDF’, revelou um certo desengonçar, demorando em achar as rédeas desse animal bravo. Ao conseguir colocar as mão nas rédeas, tremeu. Sem mãos seguras a lhe dar o rumo,  o bicho saiu em disparada, sem direção. Tropica aqui, escorrega acolá, se esfrega na cerca e passa por baixo de galhos de árvores na tentativa de se ver livre do montador. Não consegue sacrificá-lo, mas o coloca de joelhos.

O Cavalo—GDF, que já vinha estropiado pelas perversidades dos jóqueis anteriores, por fim, ao ser montado pelo cavaleiro de 2015, escorrega, e acaba se espatifando no chão.  E fica com as pernas quebradas. Veterinários desconfiam que também quebrou o pescoço, ficou com o rabo torcido, o espinhaço rachado, os olhos furados. Imprestável para prestar serviços à população do DF.

Mas quem sabe, se algum hospital veterinário possa ainda salvar o animal? Dizem que sim. Mas se os cavaleiros continuarem a maltratá-lo como vêm fazendo por seguidos anos, acho que o bicho vai acabar morrendo ou cometendo o suicídio.

Eis a ‘obra’ dos sucessivos jóqueis do ‘alazão GDF’.

A montaria é boa. Ruins são os cavaleiros. Vale aqui lembrar que houve um desses cavaleiros que só não roubou o relinchar do bicho.