Quinta, 2 de junho de 2016
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Para negociar com aos servidores da antiga
Controladoria-Geral da União (CGU) e evitar a continuidade de protestos
contra o governo, o Palácio do Planalto agendou uma reunião para esta
quinta-feira (2) com os representantes do Sindicato Nacional dos
Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical).
Os
servidores do novo Ministério da Transparência, Fiscalização e
Controle, que protestaram novamente nessa quarta-feira (1º) em frente ao
Planalto, alegam que, em princípio, não vão se opor ao nome de Torquato
Jardim, indicado pelo presidente interino Michel Temer para comandar a
pasta. Eles serão recebidos pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu
Padilha, no mesmo dia em que está marcada a posse de Jardim, que é
ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral.
Depois de 18 dias à frente da pasta, o ex-ministro Fabiano Silveira deixou o cargo
após a divulgação de conversas gravadas em que ele aparece criticando a
Operação Lava Jato e dando orientações para a defesa de investigados em
esquema de desvios de recursos na Petrobras, como o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Para Rudinei Marques, presidente da Unacon, a categoria pretende dar um “voto de confiança” a Torquato desde que ele atue para atender às reivindicações dos servidores.
Segundo Marques, não se deve perder a identidade institucional da marca CGU, sob o risco de destruir o reconhecimento que o órgão ganhou nos últimos anos, inclusive internacional. Além disso, acrescentou, a desvinculação do órgão da Presidência da República a deslegitima perante as outras instituições da administração federal.
Para Rudinei Marques, presidente da Unacon, a categoria pretende dar um “voto de confiança” a Torquato desde que ele atue para atender às reivindicações dos servidores.
Segundo Marques, não se deve perder a identidade institucional da marca CGU, sob o risco de destruir o reconhecimento que o órgão ganhou nos últimos anos, inclusive internacional. Além disso, acrescentou, a desvinculação do órgão da Presidência da República a deslegitima perante as outras instituições da administração federal.
“Se
antes, por exemplo, estivéssemos auditando um programa no Ministério da
Saúde, podíamos mandar o ministro corrigir os problemas. Agora, o
ministro [da Transparência] tem o mesmo poder que os outros colegas”,
afirmou.
Na manifestação de terça-feira (31), os servidores
voltaram a fazer barulho em frente ao Planalto e a exibir faixas contra o
que consideram a extinção do órgão de controle. "Combate à corrupção já
tem nome. Audonomia e independência à CGU. A extinção da CGU só
interessa aos corruptos", diziam alguns dos cartazes.