Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 14 de junho de 2016

Para cobrir rombo do Iprev: Comunidade (e entidades de classe) temem especulação imobiliária, inclusive no Parque do Guará

Terça, 14 de junho de 2016
Deu Finacate
Fórum Permanente dos Integrantes das Carreiras Típica de Estado do DF

Elton Barbosa. Foto: Finacate
Em Audiência Pública – realizada na última quinta-feira (09/06/16) na CLDF -, onde se debateu a alteração das poligonais do Parque Ezechias Heringer (Parque do Guará), o advogado e Presidente do Finacate, Dr. Elton Barbosa, denunciou a articulação entre o capital especulativo imobiliário, a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal - Terracap e a Agência de Fiscalização - Agefis para retirada, ilegal, dos chacareiros do Guará.

Com a coragem que lhe é característica, o Dr. Elton aproveitou o ensejo para denunciar o "assalto" promovido pelo “Governo de Brasília” às reservas financeiras do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Distrito Federal – Iprev. Argumentos falsa e amplamente utilizados para a venda de áreas supervalorizadas junto ao Park Shopping (e consequente reposição de caixa daquele Instituto).

Segundo o Presidente do
Finacate, o que, aparentemente, seria uma simples alteração de poligonal de um parque - com a finalidade de "preservação" do meio ambiente - é, na verdade, um complexo jogo de interesses. Na opinião do sindicalista, o joguete envolve vários órgãos governamentais na "desobstrução" de áreas de grande valor econômico para o capital especulativo imobiliário (a serem adquiridas - apropriadas - por grandes empreiteiras - construtoras - e, consequentemente, na entrega do patrimônio público à satisfação do interesse e da ganância de particulares).

Não sem razão, até mesmo a autonomia funcional dos Auditores —Fiscais de Atividades Urbanas (art. 19, XXIII, da LODF) fora, estratégica e cirurgicamente— através de Instrução Normativa -, retirada pela atual presidente da Autarquia (responsável pela fiscalização da ocupação de espaços públicos no âmbito desta unidade federativa). A Agefis trata, na atual gestão, os servidores como meros fantoches (a imprensa tem denunciado os casos de assédio moral na Agência).

Em verdade, sustenta o presidente do
Finacate, estamos diante de um conluio, em muito semelhante àquele denunciado pelo Ministério Público Federal – MPF: o qual resultou em investigações sobre a venda de Medidas Provisórias; ou aquelas destinadas à venda de pareceres no âmbito de Câmaras de Recursos ou de Conselhos Federais. Parece enredo de filme norte-americano.