Terça, 7 de junho de 2016
Karine Melo – Repórter da Agência Brasil
O ex-presidente da República e ex-senador José
Sarney (PMDB-AP) disse hoje (7), por meio de nota, que está "perplexo,
indignado e revoltado" com a informação de que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, teria pedido a prisão dele ao ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, relator dos processos da
Operação Lava Jato na Corte.
"Dediquei
sessenta anos da minha vida pública ao país e à defesa do Estado de
Direito. Julguei que tivesse o respeito de autoridades do porte do
Procurador-Geral da República. Jamais agi para obstruir a justiça.
Sempre a prestigiei e a fortaleci. Prestei serviços ao país, o maior
deles, conduzir a transição para a democracia e a elaboração da
Constituição da República", destacou Sarney no documento. Ele
acrescentou ainda que o Brasil conhece a trajetória dele e o cuidado que
sempre teve no trato da coisa pública.
A solicitação do procurador-geral da República foi divulgada hoje pelo jornal O Globo.
Segundo o jornal, o caso deve ser analisado pelo ministro do Supremo,
Teori Zavascki. Os pedidos que também atingem o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o
presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) estão com o
ministro há pelo menos uma semana.
Apesar da repercussão do caso,
as assessorias do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da
República não confirmam a informação.