Sexta, 17 de junho de 2016
Da Agência Brasil
Representantes
da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) e do
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do
Distrito Federal (SindMetrô-DF) não fecharam acordo em audiência de
conciliação realizada nessa quinta-feira (16), na sede do Tribunal
Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10).
Os empregados do metrô estão em greve desde terça-feira (14) e reivindicam melhores condições de trabalho e de segurança do sistema. Eles pedem ainda a reposição salarial da inflação do ano (pouco mais de 9%) na data-base.
Os empregados do metrô estão em greve desde terça-feira (14) e reivindicam melhores condições de trabalho e de segurança do sistema. Eles pedem ainda a reposição salarial da inflação do ano (pouco mais de 9%) na data-base.
Com
relação às condições de trabalho, o SindMetrô-DF solicita que sejam
cumpridas as normas regulamentadoras de trabalho, funcionamento e
horário especial do metrô até a contratação de novos concursados. No que
diz respeito à terceirização das bilheterias, os metroviários
reivindicam que a companhia se abstenha de firmar convênio com o
DFTrans.
O diretor do SindMetrô-DF, Ronaldo Amorim, informou que
não foi apresentada proposta pelo governo do Distrito Federal (GDF)
durante a audiência. “Não houve proposta, o GDF, ao final da audiência
informou que não tinha interesse em fazer conciliação. Estamos
aguardando a posição do governo para definir até quando vai a grave, mas
a nossa intenção é voltar o quanto antes”, disse.
Em nota, o
Metrô-DF informou que mantém diálogo constante com o SindMetrô e
apresentou aos dirigentes sindicais contrapropostas durante as
negociações da data-base intermediária 2016, que incluem itens sociais e
econômicos já reivindicados pelos empregados. As negociações entre a
empresa e o SindMetrô ainda não avançaram. Sem acordo, o Judiciário
decidirá sobre a legalidade da greve.
Desde o início da greve, o
presidente do TRT10, desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran,
determinou liminarmente que os metroviários mantivessem 24 estações e 24
trens em operação, nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às
20h30), enquanto durar a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 100
mil.
Amorim lembrou que uma ação já foi instaurada para derrubar
a liminar. “Estamos tentando recorrer da liminar para que rodem oito
trens durante todo o dia, mas o Metrô-DF acha que é mais seguro que
rodem mais trens somente no horário de pico. Se a quantidade fosse menor
e a circulação ocorresse durante todo o dia, as pessoas que usam o
metrô fora do horário de pico poderiam se programar para a utilização”,
afirmou.
Prazos
A partir de hoje (17), o
sindicato terá 48 horas para apresentação de defesa e, em seguida, o
Metrô-DF terá mais 48 horas para se manifestar nos autos do dissídio
coletivo. Passados esses prazos, termina a fase de instrução processual e
os autos são encaminhados ao Ministério Público do Trabalho. Na
sequência, será designado um desembargador para ser o relator do
processo, que será julgado pela 1ª Seção Especializada, em data a ser
definida.