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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 13 de julho de 2016

MP de Contas do DF: Sindireta reclama que trabalhadores terceirizados estão prestando serviços em atividade-fim no Na Hora

Quarta, 13 de julho de 2016
Do MP de Contas do DF 
Medida seria contra decisões já tomadas pelo TCDF que proibiriam a prática. Funcionários estariam nos postos da CEB e da CODHAB


Procuradora-Geral de Contas, Cláudia Fernanda de Oliveira Pereira, recebeu denúncia dos integrantes do SINDIRETA e da Assosehora.

Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal (SINDIRETA) e da Associação de Servidores do Na Hora (Assosehora), entregaram à procuradoria-geral do Ministério Público de Contas (MPC/DF) um ofício em que apontam que funcionários terceirizados estariam prestando serviço em atividades-fim nos postos do Na Hora. A prática estaria ocorrendo na Companhia Energética de Brasília (CEB) e na Companhia de Desenvolvimento Habitacional (CODHAB).


De acordo com o ofício, a prestação dos serviços oferecidos pelo Na Hora cabe aos órgãos que aderirem ao projeto, devendo, necessariamente, serem desempenhados por servidores públicos e empregados públicos dos órgãos parceiros (distritais e federais), conforme determina o decreto 22.125/2001. Pelo decreto, “a prestação de serviços pelas unidades de atendimento será efetivada pelos servidores públicos distritais e federais vinculados aos órgãos e entidades que integrarem ao Programa”.

Nesse sentido, o SINDIRETA aponta que a CEB estaria contrariando o que diz a lei ao prestar serviços por meio de funcionários terceirizados, sem vínculo legal com o GDF, nas seis unidades do Na Hora. Em outra frente, a CODHAB estaria fazendo a mesma coisa com atendimento de comissionados nos postos de Taguatinga e Ceilândia.

O ofício do SINDIRETA lembra que no processo 785/2008, a decisão 79/2010 do Tribunal de Contas (TCDF) foi favorável ao sindicato. Segundo o texto, ficou decidido que a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania não mais utilizasse trabalhadores contratados por meio de empresa prestadora de serviços na atividade-fim da administração pública, especificamente no atendimento dos serviços que são inerentes às atividades prestadas pelos órgãos públicos nas unidades do Na Hora.

O MP de Contas irá apurar os fatos.