Terça, 12 de julho de 2016
Do MPF
Deputados são réus por uso de igrejas em Duque de Caxias (RJ) para conseguir votos
A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ)
quer condenar o deputado federal Marcos Soares (PR), o deputado estadual
Filipe Soares (PR) e mais três pastores da Igreja Internacional da
Graça de Deus (Ongrace) por abuso de poder econômico pela utilização de
templos religiosos em Duque de Caxias (RJ) durante a campanha em 2014.
O recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pede a cassação dos mandatos dos deputados e a inelegibilidade por oito anos. Segundo a PRE, a equipe de fiscalização eleitoral encontrou materiais com referências aos candidatos em três endereços da igreja. Em uma delas, havia cerca de cinco mil panfletos com imagens dos então candidatos e do missionário R. R. Soares, pai de Marcos e Filipe e um dos fundadores da Ongrace.
“Qual
a finalidade da guarda desse material em um templo que, em tese, é
destinado à prática religiosa senão influenciar os fiéis a votar nos
candidatos apoiados pelo fundador da congregação?”, argumenta o
procurador regional eleitoral Sidney Madruga.O recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pede a cassação dos mandatos dos deputados e a inelegibilidade por oito anos. Segundo a PRE, a equipe de fiscalização eleitoral encontrou materiais com referências aos candidatos em três endereços da igreja. Em uma delas, havia cerca de cinco mil panfletos com imagens dos então candidatos e do missionário R. R. Soares, pai de Marcos e Filipe e um dos fundadores da Ongrace.
Os réus já haviam sido condenados ao pagamento de multa por propaganda irregular, mas foram absolvidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ) da acusação de abuso de poder econômico. O TRE considerou a extensão do material apreendido insuficiente para desequilibrar o pleito eleitoral.