Quinta, 4 de agosto de 2016
Vitor Abdala – da Agência Brasil
O
ex-presidente da estatal Eletronuclear Othon Luiz Pereira da Silva foi
condenado a 43 anos de prisão, pelos crimes de corrupção passiva,
lavagem de dinheiro, embaraço às investigações, evasão de divisas e
participação em organização criminosa. A decisão é do juiz Marcelo da
Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
Segundo o Ministério
Público Federal, que pediu a condenação, Othon recebia 1% de propina nos
contratos firmados entre a estatal e as empreiteiras Andrade Gutierrez e
Engevix, para a construção da Usina Nuclear Angra 3, no complexo
nuclear de Angra dos Reis.
Também foram condenadas mais 12
pessoas por envolvimento com o desvio de recursos públicos da construção
de Angra 3. Entre elas está a filha de Othon, Ana Cristina da Silva
Toniolo, condenada a 14 anos e 10 meses de prisão pelos mesmos crimes do
pai.
Sete foram beneficiados com a redução de penas por causa de
acordos de delação premiada: Rogério Nora de Sá, Clóvis Renato Numa
Peixoto Primo, Olavinho Ferreira Mendes, Otávio Marques de Azevedo,
Flávio David Barra, Gustavo Ribeiro de Andrade Botelho e Victor Sérgio
Colavitti.
Doze dos 13 réus foram condenados ao regime fechado. O
único beneficiado com o regime semiaberto foi Geraldo Toledo Arruda
Junior, condenado a quatro anos e oito meses.
Também foram condenados Carlos Alberto Montenegro Gallo, Josué Augusto Nobre e José Antunes Sobrinho.