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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Lava Jato investiga caixa 2 na campanha de Lula à reeleição

Terça, 2 de agosto de 2016
Felipe Pontes - da Agência Brasil
Material apreendido na Operação Resta Um, da Polícia Federal, em Pernambuco
Material apreendido na Operação Resta Um, da Polícia Federal, em Pernambuco, na 33ª fase da Lava Jato  —Sumaia Vilela
A 33ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (2) pela Polícia Federal (PF), tem com um dos objetivos esclarecer denúncias de que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu pagamentos ilegais, o chamado “caixa 2”, do consórcio Quip, que tinha contratos bilionários com a Petrobras.


O dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, disse ao juiz Sergio Moro, no ano passado, que o consórcio Quip repassou R$ 2,4 milhões em dinheiro ao tesoureiro da campanha de reeleição de Lula, José de Filippi Júnior. O vídeo da delação foi divulgado pela imprensa.

A operação desta terça-feira tem como alvo principal a empreiteira Queiroz Galvão, sócia majoritária do consórcio Quip, que firmou contratos bilionários com a Petrobras para a reforma e construção de plataformas de extração de petróleo, como a P-53 e a P-55.

“É uma investigação que ainda está em andamento em relação a reunir indícios, basicamente o que se tem é o relato de colaboradores de que em 2006 a Quip teria sido abordada. Foram solicitadas doações eleitorais que, na verdade, seriam também um pagamento de vantagem indevida por conta da plataforma P-53”, disse a delegada da PF Renata da Silva Rodrigues.

Dois mandados de operação preventiva, tendo como alvo os ex-executivos da Queiroz Galvão Othon Zanoide e Idelfonso Colares, foram cumpridos hoje pela PF. O executivo da Quip Marco Pereira Reis teve decretada a prisão temporária, mas a ordem judicial ainda não foi cumprida por ele se encontrar no exterior.