Quinta, 4 de agosto de 2016
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Movimentos sociais e centrais sindicais vão fazer protestos,
nesta sexta-feira (5), no Rio, na abertura oficial da Olimpíada. O
objetivo, segundo os organizadores, é denunciar a exclusão social que
houve durante as obras para os Jogos, com remoções de moradores, a
especulação imobiliária, a tentativa de coibir manifestações públicas e o
uso de verbas para viabilizar o projeto olímpico, em detrimento de
investir em áreas sociais, como saúde e educação.
O primeiro ato
foi marcado para as 11h, em frente ao Hotel Copacabana Palace, e reunirá
integrantes da Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, que se
opõem ao governo do presidente interino, Michel Temer.
“Este
momento olímpico é expressivo para que os movimentos sociais possam
aproveitar os olhares do mundo todo no Rio de Janeiro para fazer
denúncias importantes. Não há clima olímpico no Rio e no Brasil. Há
clima geral de insatisfação e indignação popular. O nosso protesto será
pacífico e não vamos depredar o patrimônio público”, disse Guilherme
Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Na parte
da tarde, um outro protesto foi convocado para a Praça Saens Peña, na
Tijuca, zona norte, nas proximidades do Estádio Maracanã, onde ocorrerá a
abertura da Olimpíada. Batizada de Rio 2016 – Os Jogos da Exclusão, a
manifestação está sendo convocada pelas redes sociais para as 14h.
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Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
A
produção de um bife demanda quantidade de água equivalente a 50 banhos
de banheira. E para chamar a atenção sobre esse desperdício, duas
mulheres nuas tomaram banho de banheira hoje (4) no Largo da Carioca, no
centro do Rio de Janeiro. O vento frio não desanimou as militantes da
ONG People for the Ethical Treatment of Animal (Peta), que ficaram cerca
de uma hora na banheira segurando placas em defesa do veganismo, dieta
que exclui o consumo de qualquer produto de origem animal.
Vegana
há 20 anos, a diretora associada de campanhas da Peta, Ashley Byrne,
contou que o banho é uma performance que tem dado bons resultados em
outros países e a Olimpíada Rio 2016 é o evento ideal para conscientizar
um público ainda maior. “O mundo está de olho no Rio por causa dos
Jogos e essa é a oportunidade para que mais pessoas saibam que a
indústria da carne está causando destruição massiva ao meio ambiente.
Não apenas desperdício de água, como também erosão do solo, aquecimento
global, sofrimento dos animais”, declarou ela.
“Dados e
estatísticas, apenas, geralmente não são suficientes para engajar as
pessoas. Mas um banho como este faz as pessoas pararem um pouco para
aprender sobre os fatos e depois procurarem mais informação sobre as
vantagens de ser vegano e de seus benefícios para o meio-ambiente”.
Byrn
ressaltou que uma pessoa que adota o veganismo economiza até 829 mil
litros de água por ano. Uma tonelada de vegetais exigem o consumo de 322
mil litros de água. Para produzir 1kg de carne – garante a peta – são
necessários 15 milhões de litros de água e para um litro de leite, 683
litros de água.
O ascensorista Pedro Soares estava no horário de
almoço quando passou pelo Largo da Carioca. “Não tinha como não parar
para ver. Não é sempre que duas belas mulheres tomam banho ao ar livre”,
brincou ele. Carnívoro, não sabia que se gastava tanta água com a
produção de um bife. “Não vivo sem uma carninha, mas posso tentar
diminuir, tentar comer dia sim, dia não”, disse o ascensorista.