Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 6 de agosto de 2016

Pela continuidade da agenda unitária de lutas contra Temer sem censuras ou agressões!

Sábado, 6 de agosto de 2016

No dia 5/8, as bandeiras “Fora Temer! Contra a retirada de direitos! Contra a calamidade olímpica!” permitiram a convocação unificada de uma manifestação em Copacabana durante a abertura dos Jogos Olímpicos. Eixos acertados pela Frente de Esquerda Socialista, Povo Sem Medo, Brasil Popular e a Plenária dos Trabalhadores em luta. Como existem divergências entre os convocantes, cada organização atuou com suas propostas para a crise brasileira, algo que deveria se dar respeitando os eixos unitáririos, para, assim, permitir uma unidade contra Temer e em defesa da classe trabalhadora, da juventude e dos setores oprimidos. Por isso, não podemos admitir que se repitam os métodos antidemocráticos contra dirigentes de esquerda como os que ocorreram neste dia 5.

Em sua intervenção o vereador Babá (PSOL-RJ) apresentou, assim como os demais oradores em relação a suas organizações, a visão da CST-PSOL.  Em meio à sua fala, militantes de base da Frente Brasil Popular o vaiaram e tentaram agredi-lo com uma bandeira. Babá só pode sair do carro de som após ser escoltado por militantes de várias organizações (CST, MTST, CNB, PCdoB, PCB, PCR, MAIS, NOS, LSR, Oposição Sindical ASFOC de Luta). Para piorar, existiram indivíduos que tentaram cuspir e agredi-lo fisicamente. Algo inaceitável. Igualmente o companheiro Cyro Garcia do PSTU foi vaiado, interrompendo sua intervenção.

Ou seja, camaradas e organizações que apresentaram visões alternativas sofreram agressões verbais e até ameaças de agressões físicas. Esse tipo de atitude não ajuda a construir a unidade dos que querem derrotar o governo Temer e seu pacote de ajuste fiscal contra a classe trabalhadora. Essa postura precisa ser rechaçada e superada para continuarmos a marchar juntos contra um inimigo comum. E isso é grave às vésperas do dia 16, dia nacional de lutas convocado pelas Centrais Sindicais.

As críticas feitas ao governo Dilma, ao PT e à sua política de conciliação de classes não possuem nada de absurdo. No entanto, respeitamos a posição dos militantes da CUT e do PT que falaram no carro de som e gritaram palavras de ordem favoráveis aos sucessivos governos do PT, sem quaisquer ameaças de agressão ou manifestações de violência. O PT e a CUT pedem mais democracia, mas não aceitam críticas democráticas. Nesse sentido, reafirmamos aqui a defesa do direito democrático de todas as organizações políticas, dirigentes, partidos, movimentos sociais e ativistas expressarem suas posições nos espaços unitários. Repudiamos qualquer tentativa de censura e de abafar opiniões divergentes no movimento.

Com esse espírito, reforçamos nossa disposição de dar continuidade à construção da agenda de unidade de lutas, necessária para enfrentar Temer e sua política nefasta ao conjunto da classe trabalhadora. Conclamamos as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo a estarem conosco em novas manifestações no dia 16 e para além dele, no fortalecimento da unidade de ação entre nós, que só pode ser possível com o devido respeito às divergências e ao debate democrático.

Frente de Esquerda Socialista
ASFOC de Luta - Oposição Sindical da FIOCRUZ
LS - PSOL
CST - PSOL
Coletivo Comunismo e Liberdade - PSOL
LRP - PSOL
LSR - PSOL
MAIS
NOS
PCB
PSTU