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(Millôr Fernandes)

sábado, 6 de agosto de 2016

Protestos marcam dia da abertura das Olimpíadas do Rio

Sábado, 6 de agosto de 2016
Da Trbuna da Imprensa Sindical
Via Agência Petroleira de Notícias -

No dia da abertura oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, (5), a orla da Praia de Copacabana recebeu 30 mil pessoas que participaram de um ato em protesto organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e Frente de Esquerda contra o governo interino de Michel Temer, por nenhum direito a menos e o fim da calamidade olímpica.


O ato de hoje pretende denunciar não só para o Brasil, mas para o mundo todo, que nosso país tem um governo ilegítimo, com um presidente que não recebeu voto de ninguém, e mais do que isso, que quer aplicar um programa de retrocessos que também não foi eleito pelo povo brasileiro. Além disso, é importante denunciar a exclusão social que houve durante as obras para os Jogos, com remoções de moradores, a especulação imobiliária, a tentativa de coibir manifestações públicas e o uso de verbas para viabilizar o projeto olímpico, em detrimento de investir em áreas sociais, como saúde e educação” – disse Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, presente no protesto.

A luta em defesa da Petrobrás e contra o PL 4567/16, que altera a Lei de Partilha do pré-sal, de autoria do senador e atual ministro de Relações Exteriores, José Serra.

Esse é um processo absurdo de entrega das riquezas nacionais. O desmonte da Petrobrás e a entrega do pré-sal ao capital internacional é parte deste processo de golpe que vivemos hoje sob o governo Temer” - falou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

O ato acabou alterando o trajeto de revezamento da tocha olímpica na Praia de Copacabana, mas a passagem foi retomada, com atraso, para outros bairros da Zona Sul. A Tocha Olímpica terminou seu percurso junto ao Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo.

Jogos da Exclusão

Na parte da tarde um outro ato denominado 'Jogos da Exclusão' foi realizado no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio, nas proximidades do Maracanã. O ato passeata transcorreu de forma pacífica durante todo o trajeto, mas acabou sendo dispersado pela Polícia Militar- PM, com bombas de gás e de efeito moral, na Praça Afonso Pena.

O Batalhão de Choque avançou sobre os manifestantes e começou a disparar diversas bombas de gás lacrimogêneo, provocando uma correria na praça, com pais tentando proteger os filhos dos efeitos do gás, o que gerou muita revolta nas pessoas, a maioria moradora das redondezas e que não participavam do protesto.

Algumas pessoas passaram mal e chegaram a desmaiar, sendo atendidas por voluntários da Cruz Vermelha que acompanhavam a manifestação para dar suporte. A estação de metrô que funciona na praça chegou a fechar as portas como medida de segurança. A cena foi monitorada do alto o tempo todo por um helicóptero da PM.