Domingo, 4 de setembro de 2016
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil*
Em
missa de canonização celebrada hoje (4) na Praça São Pedro, no
Vaticano, o papa Francisco declarou santa Madre Teresa de Calcutá. A
cerimônia contou com a presença de cerca de 120 mil fiéis de diversas
partes do mundo.
A missão de Madre Teresa, segundo Francisco,
permanece nos dias de hoje como um testemunho eloquente da proximidade
de Deus junto aos mais pobres. O papa também se referiu à religiosa, de
origem albanesa, como modelo de santidade para todos os agentes de
misericórdia.
“Madre
Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora
generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, por meio
do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles
abandonados e descartados.”
Referindo-se à nova santa, fundadora
das Missionárias da Caridade, Francisco pediu que “esta incansável
agente de misericórdia” ajude o mundo a entender que o único critério de
ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer
vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura,
raça ou religião.
“Levemos no coração o seu sorriso e o
ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho, especialmente àqueles
que sofrem. Assim, abriremos horizontes de alegria e de esperança numa
humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e ternura”,
concluiu o papa.
Milagre brasileiro e prêmio Nobel da Paz
O
processo de canonização de madre Teresa teve início com um milagre
envolvendo o brasileiro Marcílio Haddad Andrino, morador da cidade de
Santos (SP). Ele foi diagnosticado com hidrocefalia e uma infecção rara
no cérebro, mas foi curado após sua esposa rezar pedindo a intercessão
de Madre Teresa de Calcutá.
A religiosa, cujo nome verdadeiro é
Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em uma comunidade albanesa no sul da
antiga Iugoslávia. Ordenou-se freira na Índia, onde tomou o nome de
Teresa. Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres.
Sua atuação como missionária lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979.
Madre Teresa de Calcutá morreu em setembro de 1997 – seis anos antes de ser beatificada pelo papa João Paulo II.
*Com informações da Rádio Vaticano.