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(Millôr Fernandes)

domingo, 9 de outubro de 2016

Sinpro convoca a categoria para mobilização nesta segunda (10/10) contra a PEC 241

Domingo, 9 de outubro de 2016
Do Sinpro-DF
Uma comissão especial da Câmara Federal aprovou o parecer favorável ao texto-base da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que institui o Novo Regime Fiscal, com teto de gastos para o governo federal. Com a aprovação na comissão, o texto segue agora para consulta em Plenário, com previsão de votação para segunda-feira (10). Apesar de intensos protestos de parlamentares da oposição e segmentos populares e sindicais, a votação resultou num placar de 23 votos favoráveis e sete contrários.

O momento agora é de união do povo brasileiro contra a PEC da desigualdade que trará, caso seja aprovada em plenário, uma série de prejuízos aos trabalhadores. Além de representar o desmonte do Estado, já que abandona a Saúde, a Educação, assistência social e todos os demais projetos sociais sem dinheiro por 20 anos, além de congelar os salários. É diante da gravidade que esta Proposta traz para o futuro dos trabalhadores e do Brasil que o Sinpro pede para todos(as) os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais que estiverem de coordenação ou folga na segunda-feira (10), que compareçam à concentração que a CUT está chamando para pressionar contra a aprovação definitiva da PEC. A concentração será às 9h, em frente ao Anexo II.


Contrário à manobra imposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB), o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirma que esta PEC é totalmente inconstitucional. “A Constituição Federal trata direitos e garantias individuais como cláusulas pétreas. O que está em jogo aqui é o direito à vida, o direito à saúde, é a dignidade da pessoa humana. Portanto, por contrariar a cláusula pétrea, por contrariar o princípio que veda, que proíbe o retrocesso social, por contrariar uma série de princípios constitucionais, temos que impedir a aprovação desta PEC”, analisa o parlamentar, convocando a população a falar com o maior número de parlamentares para que votem contra a esta PEC no Plenário. “É preciso que os deputados votem, em plenário, naquele destaque que tira da PEC os gastos em Saúde, Educação e gastos sociais. Se houver mobilização podemos vencer, como já vencemos outras iniciativas muito importantes”, argumenta Molon.

Além dos prejuízos nas áreas da Educação e Saúde, a PEC 241 ainda rasga vários direitos e garantias da Constituição Cidadã de 1998. Destrói direitos como aposentadorias, salários jutos e valorização do salário mínimo; elimina direitos do povo e impede a construção de uma sociedade justa e solidária; fere acordos internacionais firmados pelo Brasil para manter políticas de combate à desigualdade, à pobreza e à violência; impede os novos governos eleitos de implementar seus programas econômicos escolhidos nas urnas pelo povo; congela por 20 anos a competência do Poder Legislativo para definir todo ano os gastos, através das leis do orçamento; e submete estados e municípios à vontade ditatorial do governo federal, deixando governadores e prefeitos de mãos atadas. “Não podemos permitir isto. Se for aprovada, o trabalhador terá menos hospitais, vagas nas escolas para seus filhos, não terá aumento real de salário, além de menos benefícios. É um retrocesso sem tamanho. Não aceitaremos isto”, afirma a diretora do Sinpro Nilza dos Santos.

Em mais um sinal de conspiração contra o povo brasileiro e com o objetivo de conseguir os votos que ainda precisa para aprovar a PEC da desigualdade, Michel Temer está oferecendo um jantar neste domingo (09) para 400 parlamentares. O objetivo é cobrar dos deputados fidelidade e voto a favor da PEC da desigualdade.

O tempo é curto e neste momento é crucial que todos e todas se mobilizem e lutem contra mais esta cilada colocada contra o povo brasileiro. Neste momento é importante que todos entrem nos perfis do Facebook dos deputados de Brasília, mandem e-mails e exijam um voto de rejeição contra a PEC.

Segue abaixo os perfis e e-mails dos parlamentares do Distrito Federal:

Alberto Fraga (DEM)
Telefone: (61) 3215-5215

Rogério Rosso (PSD)
Telefone: (61) 3215-5283

Érika Kokay (PT)
Telefone: (61) 3215-5203

Ronaldo Fonseca (PROS)
Telefone: (61) 3215-5223

Rôney Nemer (PMDB)
Telefone: (61) 3215-5572

Izalci Lucas (PSDB)
Telefone: (61) 3215-5602

Augusto Carvalho (SD)
Telefone: (61) 3215-5215

Laerte Bessa (PR)
Telefone: (61) 3215-5340
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