Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 31 de dezembro de 2016

Aumento de passagens vai na contramão de decisões políticas das principais capitais

Sábado, 31 de dezembro de 2016
Longe das manifestações
Por helena mader-Correio Braziliense/Breno Fortes
Blog do Sombra

Desde que um aumento de R$ 0,20 no preço das passagens de ônibus de São Paulo desencadeou os maiores protestos populares do Brasil, em 2013, o ônus político da revisão de tarifas é avaliado com cautela pelos governantes. Na capital paulista, o prefeito eleito João Doria anunciou que não haverá aumentos e que, até o fim de 2017, a passagem será mantida em R$ 3,80. No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes cancelou o reajuste de 3,5%, que elevaria o bilhete único carioca para R$ 3,95. Na contramão desses posicionamentos, o governador Rodrigo Rollemberg decidiu, na véspera do feriado de réveillon, elevar as tarifas em até 25% – apenas 15 meses depois da última revisão. No acumulado de seu mandato, a passagem mais cara saltou de R$ 3 para R$ 5, o que representa um aumento de 66,6%. O governador prometeu que não haveria nenhum aumento de impostos em 2016. Não mencionou tarifas, mas será duramente cobrado pela decisão.