Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

GDF: Menos choque e mais gestão (II); tudo como dantes no quartel de Abrantes!

Quarta, 18 de janeiro de 2017

"Que o novo governo não enverede também pelos descaminhos da demagogia, da propaganda enganosa e dos tortuosos passos na administração pública, das inversões de prioridades, do dinheiro jogado fora. Que seja transparente em suas ações e claro (e detalhado) na disponibilização pública das informações financeiras. Que não aprofunde o caos.

E que não demore para reverter a situação. A população de Brasília está impaciente para recuperar a sua cidade. Não está disposta a esperar mais quatro anos para vencer o caos.

Menos choque e mais gestão."


Estes três parágrafos acima fechavam um texto postado aqui no Gama Livre em 18 de janeiro de 2015, portanto há exatos dois anos, logo no início do mandato de Rollemberg à frente do governo de Brasília.

Era um alerta, um conselho (se é que conselho se dá a governadores). Um apelo, até.

No texto original, o reconhecimento de uma herança maldita (termo em voga nos tempos de hoje) deixada pelo governo que o antecedeu, o desastroso governo Agnelo.

Adiante, o Gama Livre reproduz a postagem do dia 18 de janeiro do ano da Graça do Senhor de 2015. Veja se alguma coisa mudou de lá para cá. Parece que tudo está como dantes no quartel de Abrantes!


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GDF: Menos choque e mais gestão


Domingo, 18 de janeiro de 2015
O ‘asfalto novo’ foi um verdadeiro sorvedouro do dinheiro público. Mal feito, muitas vezes jogado, injustificadamente, em cima de pistas em boas condições de uso. ‘Feito’ pela metade,  já está velho, e nem mesmo reformou as vias esburacadas do Distrito Federal.
O BILIONÁRIO BRT Sul (VLP), que “substituiu” as projetadas linhas 2 e 3 do metrô, está inacabado e ‘operando’ da pior forma possível.
O transporte público um caos em todas as regiões administrativas de Brasília.
O Centro Administrativo, outro desperdício BILIONÁRIO, não pode ser ocupado, pois está inconcluso.
As UTIs da rede pública de saúde quase que não funcionam, existindo pelo menos 78 totalmente sem uso.
O Samu, com quase 30 por cento das ambulâncias fora de operação, deixou de prestar um serviço de primeira qualidade.
Até a agulha e a linha para sutura nas unidades de saúde existem num dia e deixa de existir nos dias seguintes. Remédio? Nem para dor de cabeça ou para baixar a febre.
Falta médico, falta enfermeiro, falta auxiliar de enfermagem, falta equipamento, falta quase tudo nas unidades da saúde pública.
O lixo se amontoando em ruas, praças, e sendo despejado também em áreas rurais.
Escolas caindo aos pedaços, sem merenda, sem professores, sem verbas, quase sem nada.
Os crimes, ao contrário do que era propagandeado nas peças publicitárias do GDF, crescendo em 2014 em relação ao ano anterior, e aumentando a sensação (só sensação?) de insegurança.
A merenda faltando na escola e a comida dos presidiários faltando nas cadeias.
Até o elefante branco ‘Mané Garrincha’, verdadeiro monumento ao desperdício do patrimônio público, parece que não foi concluído. Se foi, ‘tá fazendo água’. Não pode ver uma chuva forte.
No Plano Piloto de Brasília, a área tombada como patrimônio da humanidade vem sofrendo terríveis agressões e ameaças por especuladores imobiliários e também por projetos do próprio governo (Luos e PDOT).
Salários dos servidores e terceirizados do GDF atrasados.
É a herança maldita deixada para o novo governo. Parece que nada de bom aconteceu nesses quatro últimos anos de governo. Se é que teve alguma coisa que se possa chamar de governo.
Que o novo governo não enverede também pelos descaminhos da demagogia, da propaganda enganosa e dos tortuosos passos na administração pública, das inversões de prioridades, do dinheiro jogado fora. Que seja transparente em suas ações e claro (e detalhado) na disponibilização pública das informações financeiras. Que não aprofunde o caos.
E que não demore para reverter a situação. A população de Brasília está impaciente para recuperar a sua cidade. Não está disposta a esperar mais quatro anos para vencer o caos.
Menos choque e mais gestão.
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Leia:

A seguir links para postagens já durante o governo Rollemberg (2015 e 2016), que demonstram que tudo continua como dantes no quartel de Abrantes