Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Salvador é D'Oxum

Terça, 27 de fevereiro de 2017
Imagens Salvador-Bahia-Brasil
Música: É D'OXUM - Geronimo
Voz: Geronimo e Elba Ramalho

Banho tcheco: Racionamento de água em Brasília chega hoje na Asa Norte e no Noroeste

Terça, 27 de fevereiro de 2017
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Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
O abastecimento de água foi interrompido hoje (27) na Asa Norte, na Vila Planalto e no Noroeste, em Brasília. O rodízio nas localidades abastecidas pelo Reservatório de Santa Maria começou ontem (27) no Distrito Federal. Apenas os hospitais públicos e a Esplanada dos Ministérios não entrarão no racionamento.

De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), o revezamento funcionará com um dia sem abastecimento (a partir das 8h), dois dias para religar e estabilizar o sistema e três de situação normalizada. O esquema será o mesmo aplicado nas regiões que recebem água da Barragem do Rio Descoberto, que estão sob racionamento desde janeiro.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O Globo revela que o parecer no TSE será pela cassação da chapa Dilma/Temer

Segunda, 27 de fevereiro de 2017
Da Tribuna da Internet
Deu em O Tempo
Relator do caso que julga a cassação da chapa formada por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin votará contra a separação das responsabilidades da petista e do peemedebista. De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, Benjamin está preparando um voto duro, no qual vai deixar claro que o entendimento do tribunal sempre foi pela chapa una, sem divisão entre presidente e vice. Ainda segundo o colunista, o ministro tem dito, em conversas com interlocutores, que seria um “descalabro” e um “casuísmo” dividir a chapa.

Chame Gente. Alegria é o estado que chamamos Bahia

Segunda, 27 de fevereiro de 2017
A música que se tornou o hino do Carnaval da Bahia, vídeo com a com participações de Armandinho, Morais Moreira, Gilberto Gil, André Macedo, Caetano, Margareth Menezes, Ricardo Chaves, Durval Lelys, Bel Marques, Ivete, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Luis Caldas e Lazzo.

Se Você Quiser - Bruna Caram, Chico César

Segunda, 27 de fevereiro de 2017

Uso do solo: O GDF não conhece o GDF

Segunda, 27 de fevereiro de 2017
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

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Córrego do Mato Seco no Park Way. Moradores querem transformar em parque a região de nascentes do principal tributário do Ribeirão do Gama. Foto de Thiago Luz

Por Chico Sant’Anna
É como se o GDF não possuísse Política Urbano Ambiental comum e as pastas apostassem corrida para ver quem chega primeiro à CLDF com seu ponto de vista para virar lei.

A canção Querelas do Brasil, de Aldir Blanc, e imortalizada por Elis Regina, é bem útil para demonstrar o momento por que passa o Governo do Distrito Federal. O trecho O Brazil não conhece o Brasil, bem que poderia ser substituído por o GDF não conhece o GDF. Ou pelo menos não se conversam. No momento, duas pastas estão lidando com a confecção de propostas de uso e de preservação do solo do Distrito Federal. Na secretaria de Meio-Ambiente, define-se o ZEE. Zoneamento Econômico e Ecológico. Na pasta da Habitação e Gestão do Solo, estão o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília – PPCUB, a Lei de Uso e Ocupação do Solo – LUOS e planos de Diretrizes Urbanas para algumas localidades do DF, como o Park Way.
O ZEE é elaborado sob a perspectiva do potencial de produção hídrica. A ideia, para evitar futuros racionamentos d’água, é que as parcelas do DF que ainda preservam vegetação original e que são detentoras de córregos e nascentes não sejam alvo de adensamento urbano e que tenham seus planos de ocupação e desenvolvimento condicionados a tal característica. Assim, a futura lei apontará onde se deve criar polos econômicos e conglomerados urbanos e onde deve ser protegida a natureza, inclusive sob o ponto de vista agropecuário.
Diante disso, o certo seria a pasta que cuida da LUOS esperar por uma definição da ZEE. Mas não é isso que está ocorrendo. Não se assuste se o ZEE chegar tarde, depois de já definida a LUOS e o PPCUB. Leia a íntegra no Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

Porta-vozes da 'Nova Direita' quebram o pau. Que tal dar uma Uzi para cada?

Segunda, 27 de fevereiro de 2017
Do Blog Náufrago da Utopia
Por Celso Lungaretti

Toque do editor

Desde que deixei de trabalhar na grande imprensa, fiquei privado das informações de cocheira que os personagens bem situados nos escalões superiores dos Poderes sopram para jornalistas (sempre com segundas intenções, claro, mas o bom profissional consegue administrar tais situações sem transgredir seus princípios).

Lendo criticamente o noticiário e as análises relevantes, consigo ter uma boa noção das grandes coordenadas da política e da economia. Sobre os movimentos de bastidores, contudo, a coisa se torna bem mais difícil quando tentamos nos orientar às cegas.

Para que meus leitores também não fiquem às cegas, eu costumo disponibilizar-lhes textos de autores que têm acesso às informações necessárias para comporem um bom quadro de bastidores. 



Caso deste abaixo, que leva a assinatura de Celso Rocha de Barros, doutor em sociologia pela Universidade de Oxford e analista do Banco Central. 

Ele foi ao encontro de algo que já atraíra a minha atenção – a encarniçada disputa por mais influência que os porta-vozes da nova direita estão travando –, mas, por tratar-se de um universo antípoda do meu, eu não tinha como aquilatar o que está por trás do arranca-rabo. Via o efeito, mas não sabia a causa.
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BARRACO EXPÕE DISPUTA DENTRO DA DIREITA, QUE NÃO SE DECIDE SOBRE TEMER
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Celso Rocha de Barros

Como diria o comissário Gordon (*), não foi o debate de que precisávamos, mas talvez tenha sido o debate que merecíamos. Uma pequena guerra civil começou dentro da chamada nova direita brasileira: Reinaldo Azevedo, colunista da Folha, foi atacado por Joice Hasselmann, ex-veja, e por Rodrigo Constantino, ex-veja, por suas críticas à Lava Jato, e respondeu animadamente.

Intelectualmente, foi um daqueles jogos em que o compacto com os melhores momentos tem só o hino nacional e o apito final. Mas obarraco dos conservadores foi o canário na mina: é sinal de uma crise chegando, e de uma disputa real dentro da direita brasileira, que deve se tornar mais acirrada nos próximos meses.

A direita brasileira precisa se decidir sobre Temer; abandoná-lo é colocar em risco as reformas de mercado, apoiá-lo é colocar-se no centro do alvo da Lava Jato. Não será fácil.

Azevedo defende o governo Temer e, recentemente começou a fazer críticas à Lava Jato. Talvez o apoio e o timing das críticas não sejam completamente não relacionados. Ao contrário de Olavo de Carvalho ou Constantino, Azevedo tem trânsito na direita institucional brasileira; suas posições são mais ou menos próximas das do DEM, p. ex., ou da direita do PSDB. Esses setores investiram pesadamente no governo Temer. E todo mundo ali vai aparecer nas delações.

O sonho de alguns deles: ser o Steve Bannon do Bolsonaro 

OC, Azevedo, Bolsonaro e Constantino: ambições à flor da pele

Para essa turma, o ideal é que a cruzada anticorrupção pare no PT, e o discurso Temer colocou o Brasil nos trilhos de novo tem de colar até a eleição de 2018. Se der certo, os governistas entram com boas chances na disputa presidencial.

Os adversários de Azevedo são recém-chegados buscando maior inserção institucional. Não se importariam se a política brasileira implodisse. No cenário de implosão, Azevedo os ameaça com Lula; mas eles sonham, aberta ou secretamente, com Bolsonaro. E, sobretudo, cada um deles sonha ser Steve Bannon, o assessor de extrema-direita de Trump.

Os movimentos anti-Dilma tentam se equilibrar no meio dessa tensão. Recentemente, convocaram uma passeata a favor da Lava Jato. Mas a convocação é uma piada: em vez de tentar atrair o maior público possível para defender a operação, o Movimento Brasil Livre incluiu na pauta dos protestos a reforma da Previdência e a revogação do Estatuto do Desarmamento. 

Fez isso para impedir que apareça qualquer um que se disponha a gritar Fora, Temer!. Isto é, o MBL apoia a Lava Jato desde que o seu lado continue no poder. Como diria o PT, assim até eu.

Por sua vez, Ronaldo Caiado não disfarça a pretensão de ser candidato a presidente no ano que vem. Olhando com os olhos de 2018, Caiado já se apavorou com o que viu, e pediu a renúncia de Temer. 

Mas é difícil que arraste consigo sua base social ou o resto da direita, ao menos enquanto Temer estiver amarrado às reformas. E quem se converter ao Fora, Temer! tão perto de 2018 vai parecer oportunista (e o será).

A história não contada do impeachment de Dilma Rousseff é justamente sua origem na crise de liderança da direita brasileira depois da quarta derrota presidencial seguida do PSDB. Desde então, a direita brasileira foi liderada por quem gritasse mais alto. Agora a combinação de delações contra a direita e eleições presidenciais vai testar a competência política dos vencedores de 2016.

* personagem das história em quadrinhos do Batman

O bom e os maus ladrões na Lava Jato

Segunda, 27 de fevereiro de 2017
Da Tribuna da Internet
Resultado de imagem para delação premiada charges
Charge do Tacho, reproduzida do Jornal NH

Sebastião Nery
Do alto do púlpito da Igreja da Misericórdia, em Lisboa, em 1655, desafiando a Inquisição, o Padre Antonio Vieira, o mais valente dos pregadores, desafiou o poderoso Império Português e seus maus ladrões:
– “Navegava Alexandre Magno em sua poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia, e como fosse trazido à sua presença um pirata que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício. Porém, ele que não era medroso nem lerdo, respondeu assim:
– Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muitos faz os Alexandres. Se o rei da Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que fazem o ladrão e o pirata, o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome”.

Operação Drácon: Bastidores de um gabinete em crise

Segunda, 27 de fevereiro de 2017


Fontes:
Matheus Teixeira —Correio Braziliense/Marcelo Ferreira/Esp. CB/D.A Press
Blog do Sombra

Em conversa, Cristiano conta que Celina chorou por rumores de prisão de deputados investigados na Drácon.


Depois da Operação Drácon, Cristiano Araújo discutiu estratégias de aproximação com o GDF e a repercussão da denúncia de venda de uma emenda. Diálogos foram captados em escuta autorizada pela Justiça.

As gravações realizadas pelas escutas instaladas nos gabinetes dos distritais após a deflagração da Operação Drácon expuseram os bastidores da política do Distrito Federal. Diferentemente do comportamento em público, quando costumam dar declarações ensaiadas, nos áudios obtidos com exclusividade pelo Correio, os parlamentares falam abertamente sobre estratégias e trocam impressões sobre os colegas. Nas conversas gravadas em seu gabinete, o deputado Cristiano Araújo (PSD) comenta com interlocutores sobre dificuldades de aproximação com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) à época. Na semana passada, os dois fecharam um acordo político e o distrital passou a integrar a base governista.

Luta de Honestino Guimarães contra a ditadura vira livro

Segunda, 27 de fevereiro de 2017
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Honestino detido na Universidade de Brasília- ele presidiu a UNE em 1971, ano em que a entidade era clandestina. Foto Arquivo, CB, D.A. Press.
Honestino detido na Universidade de Brasília- ele presidiu a UNE em 1971, ano em que a entidade era clandestina. Foto Arquivo, CB-D.A. Press.
Editora UnB lança o livro Paixão de Honestino, de Betty Almeida, que relata a trajetória do líder estudantil Honestino Guimarães, em sua luta por democracia e em defesa do povo oprimido.
Por Inês Ulhôa
A história e a memória se entrelaçam e se complementam nesta obra biográfica de um dos mais importantes líderes estudantis que o Brasil já conheceu: Honestino Guimarães. Betty Almeida, a autora de “Paixão de Honestino”, o conheceu bem de perto, com ele lutou contra a opressão naqueles tempos sombrios. Com ele também conviveu, mesmo depois do seu desaparecimento, ao fazer a sua pesquisa para este livro ao conhecê-lo tão de perto nas rememorações de sua mãe, de seus irmãos, de sua filha, de suas ex-mulheres e de tantos companheiros de luta, além dos arquivos em que foi buscar fontes oficiais para traçar esse relato histórico tão primoroso e fiel aos acontecimentos que marcaram a trajetória desse militante que se destacou desde o início por sua combativa intervenção no movimento estudantil e se designou a ser protagonista de uma luta histórica e heroica.
Leia também:

Na luta pela resistência à repressão e à tirania na Universidade de Brasília durante o período do regime militar no Brasil, mais conhecido como os anos de chumbo, que se estendeu de 1964 a 1985, Honestino Guimarães, que não viveu o suficiente para ver a derrocada do regime que ele tanto combateu, foi um líder inconteste. A autora recupera a trajetória do militante libertário e traz aos leitores de hoje a reflexão do que essa memória pode significar nos dias atuais para os que ainda lutam por liberdade e por uma sociedade menos injusta e desigual.

Moradores do Park Way revitalizam paradas de ônibus do bairro

Segunda, 27 de fevereiro de 2017
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
ponto-de-onibus-decorado
Arte e Natureza à espera do transporte coletivo

Por Chico Sant’Anna 
Moradores do Park Way, residentes na Quadra 15 do bairro, decidiram dar um toque diferente nas quatro paradas de ônibus das imediações. Numa feliz união de arte e natureza, as paradas agora retratam a beleza natural existente no bairro, que luta para preservar suas condições ambientais.
Transporte Coletivo não é o forte no Park Way. Apesar de existirem oficialmente diversas linhas na planilha do DFTrans, nem todas elas operam e quando operam nem todas cumprem o itinerário e a freqüência previstos. Há décadas, a comunidade do bairro reclama em vão por este serviço. Com dimensões espaciais grandiosas, a falta de ônibus obriga a caminhadas de até oito quilômetros para pegar um ônibus na EPIA-BR-40. É como quem morasse nas SQS 116 Sul tivesse que caminhar até o Teatro Nacional para pegar a condução. E o pior: na EPIA-BR-40 quatro estações do BRT nunca operaram, obrigando os moradores a pegar diversos ônibus para fazer o mesmo trajeto que o BRT faz. Outra saída é se arriscar nos transportes piratas em ônibus ou moto-taxi, que operam sem problemas.

Negada liminar a Arruda para quebrar sigilo de empresa do jornalista que o levou para a Papuda

Segunda, 27 de fevereiro de 2017
Do Blog do Donny Silva
Revista Consultor Jurídico/Foto:Reprodução
Ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda é investigado no chamado “Mensalão do DEM”.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça Reynaldo Soares da Fonseca negou pedido de liminar do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda para quebrar o sigilo bancário e fiscal da empresa O Distrital Mida Ext, administrada pela mulher de Edmilson Edson Santos, conhecido como Sombra, uma das testemunhas do suposto esquema de distribuição ilícita de recursos à base aliada do governo — objeto das investigações da operação caixa de pandora.
De acordo com o ministro, os argumentos apresentados pela defesa de Arruda exigem um exame mais aprofundado do suposto constrangimento ilegal. “Assim, ao menos em juízo de cognição sumária, não verifico manifesta ilegalidade apta a justificar o deferimento da medida de urgência”, concluiu o juiz.
A operação Caixa de Pandora apurou esquema de compra de apoio parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal, que ficou conhecido como mensalão do DEM (partido de José Roberto Arruda à época). As acusações são de crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
A defesa de Arruda busca a reabertura da fase de instrução sob a justificativa de que, recentemente, notícia publicada em blog apontou que Edmilson teria recebido pagamento em conta bancária da empresa de sua mulher e, no dia seguinte à prisão de Arruda, feito saque da mesma conta. Para a defesa, a situação reforça a tese de que os fatos investigados teriam sido simulados por Sombra e pelo empresário Durval Barbosa com o objetivo de fundamentar o afastamento do então governador, em 2010.
Além da quebra dos sigilos, requerida em liminar num recurso em Habeas Corpus interposto no STJ, a defesa de Arruda também pretende que sejam ouvidas novas testemunhas na ação penal.
Instrução encerrada
O pedido de Habeas Corpus foi inicialmente negado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que entendeu que a instrução processual já foi encerrada, motivo pelo qual está precluso eventual pedido relativo a essa fase da ação penal. O tribunal também concluiu que a mera alegação de fato novo, somente conhecido após informação publicada em blog, não seria suficiente para justificar a reabertura da colheita de provas.

Ao analisar o pedido de liminar no recurso em Habeas Corpus, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca lembrou que o artigo 400, parágrafo 1º, do Código Penal autoriza que o magistrado indefira os pedidos de provas que considere irrelevantes, impertinentes ou protelatórios. Na ação penal que tem Arruda como um dos réus, o magistrado entendeu que as provas postuladas pela defesa eram absolutamente impertinentes ao objetivo de apuração dos autos.
“Desse modo, não obstante os argumentos apresentados, mostra-se imprescindível um exame mais aprofundado dos elementos de convicção carreados aos autos, para se aferir o alegado constrangimento ilegal”, concluiu o ministro ao indeferir a liminar. O mérito do recurso em Habeas Corpus ainda deverá ser analisado pela 5ª Turma do STJ. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
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Do Gama Livre: É Arruda na fita

Melô do Arruda

domingo, 26 de fevereiro de 2017

A autonomia militar e a soberania nacional

Domingo, 26 de fevereiro de 2017
Por

O país que não incentiva a modernização das Forças Armadas renuncia ao futuro. Lamentavelmente, não se pode esperar essa visão do atual governo

Para o governo, o papel das Forças Armadas é o de Guarda Nacional

Em artigo a Carta Capital (“O Brasil precisa de um setor siderúrgico eficiente e competitivo”, publicado na edição 940 de CartaCapital com o título “As três autonomias”), a propósito de oportuna defesa da siderurgia brasileira, ponto de partida, como ensinou Getúlio Vargas, de qualquer projeto de construção nacional, o ex-ministro Antonio Delfim Neto, destaque do pensamento conservador, delineia as três autonomias sem as quais, diz ele, “nenhuma nação será independente”.

Eu quase diria que é um bom ponto de partida para um Programa Nacional, um Projeto de País, de que tanto carecemos. E assim vou comenta-las.  Essas condicionantes, inafastáveis, são: 1) a autonomia alimentar, 2) a autonomia energética e 3) a autonomia militar.
Vejamos.
A autonomia alimentar é aquela capaz de suprir o consumo interno, não apenas por imperativo político-social, mas por razões estratégicas, como a necessidade de enfrentar ocorrência de conflitos ou guerras, crise de transporte ou qualquer ‘impedimento das importações’..
O festejado agronegócio é um dos setores mais dinâmicos da economia – graças aos investimentos estatais, dos quais os melhores exemplos são a Embrapa (centro de excelência científico-tecnológica) e o financiamento das safras pelos bancos públicos com prazos e juros favoráveis.
Esses subsídios são sempre esquecidos…  Mas, sabidamente, a grande produção é de commodities voltadas para o mercado internacional. Qualquer mudança de padrão produtivo cobraria tempo, com o que as crises de abastecimento não se acomodam. Já o mercado interno, é crescentemente atendido pela agricultura familiar, responsável por mais de 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa, apesar de ser, em face de seu conteúdo social,  ‘o patinho feio’ do governo das oligarquias.
No mesmo plano encontra-se a autonomia energética, fundamental em qualquer hipótese, sabemos, mas imprescindível em país com as nossas características e nosso nível de desenvolvimento e urbanização. Sem energia, não há parque produtivo de pé nem civilização.
Daí o grande mérito do esquecido ‘Luz para todos’, trazendo milhões de brasileiros para o século XXI. O projeto energético brasileiro precisa ser revisto, pois vivemos, desde o desastrado desmonte da Eletrobrás nos anos 90, na fronteira de uma crise de abastecimento – evitada até aqui pela queda de consumo derivada da recessão – e, em especial, pela crise da indústria.
O setor hidrelétrico, responsável por mais da metade do fornecimento de energia, sofre o atraso da construção de novas usinas e de suas longas linhas de transmissão, cada vez mais contestadas por ONGs internacionais. O abastecimento, ademais,  precisa  estar assegurado independentemente de condições climáticas adversas que afetam o volume de água armazenável.
Releva aqui, destacar o papel do petróleo, e consequentemente, da Petrobras, posta em crise, para que deixe de ser protagonista de nossa autonomia de combustível, projeto da administração Temer-Parente. Fatiada para ser mais facilmente privatizada, a grande empresa estatal, antes garantia de nossa autonomia, tem, hoje seu futuro – isto é, o futuro do petróleo brasileiro -, transformado em uma incógnita.
O programa nuclear, que engatinha há mais de 40 anos, sofre mais um baque, com a paralisação das obras de Angra III. A alternativa da biomassa, que deu seus primeiros passos com o Proálcool ainda não conseguiu firmar-se, em face das idas e vindas da política energética brasileira.
Há avanços, ainda não muito significativos, na geração de energia fotovoltaica (ainda muito cara) e eólica esta principalmente no Nordeste. Mas a produção dessas duas fontes será sempre complementar, e, ainda assim, irrelevante tendo em vista as necessidades do consumo nacional, que, porque defendemos o desenvolvimento, queremos que cresça e cresça muito.
A terceira  ‘autonomia’, a  militar, é, do meu ponto de vista, a autonomia síntese, pois dependente de todas as demais e dependente, principalmente, do desenvolvimento industrial-tecnológico, de que tanto estamos nos afastando. Essência, ponto de partida e ponto de chegada, a autonomia militar (autonomia bélica, sim, mas igualmente autonomia ideológica) é conditio sine qua non de soberania, sob todas as modalidades conhecidas.
Dela tratarei mais demoradamente.
De certa forma, a função moderna de Forças Armadas, em país como o nosso, não é fazer a guerra, mas evita-la, advertindo eventuais agressores das perdas que lhe seriam impostas. É o seu papel de dissuasão,  tradução moderna  do si vis pacem para bellum romano. (A consciência da autodestruição, fruto da auto dissuasão, evitou que a guerra fria terminasse na hecatombe atômica).
Para isso, porém, precisam ser Forças modernas, bem aparelhadas, servidas por pessoal altamente adestrado capaz de resposta rápida. Mas não tem Forças Armadas quem não tem autonomia científico-tecnológica e, ao fim ao cabo, indústria bélica, um desdobramento da indústria civil.
O desenvolvimento em ciência, tecnologia e inovação é o pivô do desenvolvimento econômico, social e militar, e condiciona os conceitos de soberania e defesa, posto que soberania não é um conceito nem jurídico, nem político, nem militar, mas multidisciplinar, pois compreende uma visão social, uma visão econômica, uma visão política, uma visão estratégica, uma visão científica e tecnológica e acima de tudo uma visão política,  ideológica e  cultural, uma vez que significa, igualmente, uma proposição de valores que se realiza na aplicação do projeto de nação, que visa ao desenvolvimento das forças sociais, à consolidação do país e à sua continuidade histórica. 
Segurança, independência, capacidade de defesa e preservação da soberania nacional, ofício das Forças Armadas, integradas com a sociedade, refletem a medida do desenvolvimento científico-tecnológico-industrial das nações. O país que não compreender esta lição, e não exercitar seu ensinamento, estará renunciando ao futuro.
Conhecimento científico e tecnologia estão no cerne dos processos por meio dos quais os povos são continuamente reordenados em arranjos hierárquicos. Desde sempre se sabe que o conhecimento, usado politicamente (e sempre o é), comanda a hierarquização dos povos, motivo pelo qual faz-se necessário assumir a evidência de que não há possibilidade de nação soberana sem autonomia científica e tecnológica, de que depende a autonomia militar, e, conclusivamente, não há possibilidade de inserção justa na sociedade internacional, na globalização, sem soberania.
Soberania nacional e dependência científico-tecnológica-industrial são incompatíveis entre si, como incompatíveis são subdesenvolvimento e independência, como é impossível estratégia militar de dissuasão sem Forças Armadas altamente equipadas.
Lamentavelmente, nada disso se pode esperar de um governo que intenta destruir a empresa nacional, põe em risco a Petrobras e entrega o Pré-sal a multinacionais e entregar o território nacional à cobiça do capital privado internacional, liberando a venda de terras, inclusive nas fronteiras.  Um governo para o qual o papel das Forças Armadas é o de Guarda Nacional, para suprir as polícias estaduais em seu rotundo fracasso como garantidoras da segurança pública.
O escritor e o malfazejo 
Raduan Nassar é um dos maiores escritores de nossa língua, no nível de um Graciliano Ramos, de um Guimarães Rosa, e mesmo de um Machado de Assis. Lavoura Arcaica e Um copo de cólera são obras-primas em qualquer literatura do mundo.
O Prêmio Camões – antes dele, entre outros brasileiros agraciados, estão Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Lygia Fagundes Telles, Antônio Cândido – fez justiça ao escritor consagrado  e ao intelectual comprometido com a liberdade, a independência e os interesses de seu país e de seu povo, os temas de sua obra.
Em seu discurso, ao receber o Prêmio (concedido por um júri formado por escritores brasileiros e portugueses) fez-se intérprete do sentimento nacional, ao criticar o governo que aí está, despertando a fúria, a grosseria, a falta de educação do pequenino ministro da Cultura em exercício, intelectualmente minúsculo, e, por isso mesmo, à altura do governo a que serve como cão de fila.
Esse homem menor tentou atingir Raduan Nassar, o grande escritor, o grande intelectual, o grande e desassombrado patriota. Sobrou-lhe arrogância, faltou-lhe tamanho.
Roberto Amaral
Roberto Amaral é escritor e ex-ministro de Ciência e Tecnologia

Noite dos Mascarados

Domingo, 26 de fevereiro de 2017
'Noite dos Mascarados', composição de Chico Buarque e interpretada por Gilberto Gil e Nara Leaão

Baiano é retado mesmo. Novamente aproveita o Carnaval para mais um ´Fora Temer´

Domingo, 26 de fevereiro de 2017
Do Bahia em Pauta


ACM Neto no Curuzu à espera da saída do Ylê


DE A TARDE
Recebido por vaias no Ilê, Neto defende liberdade de expressão
Por Luan Santos
O prefeito ACM Neto (DEM) foi vaiado ao chegar na sede do Ilê Aiyê na noite deste sábado por parte do público, que também entoou um “fora Temer”. Neto foi ao local para acompanhar a saída do bloco, que segue para a Avenida.
As vaias ocorreram no momento em que o prefeito defendia o direito de expressão, em entrevista à imprensa, ao comentar a manifestação da banda BaianaSystem, que, em apresentação na Avenida, cantou “fora Temer”. Em seguida, Neto sorriu, acenou para o público e entrou na sede do Ilê para aguardar a saída do bloco.
“Todas as pessoas têm o livre direito de se manifestar, seja um artista ou um cidadão. Nós não vamos retaliar, pelo menos eu não”, afirmou.

Na contramão do que disse o prefeito, o presidente do Conselho Municipal do Carnaval, Pedro Costa, chegou a ameaçar a expulsão da banda por conta da manifestação.

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Ilê Aiyê - O Mais Belo dos Belos

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Com muita renda e cetim, bloco Babydoll de Nylon reúne milhares de brasilienses

Sábado, 25 de fevereiro de 2017

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil


Brasília - Foliões festejam o carnaval no Bloco Babydoll de Nylon (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foliões festejam o carnaval no Bloco Babydoll de NylonMarcelo Camargo/Agência Brasil

Renda, cetim e poliéster são materiais obrigatórios nas fantasias dos foliões que foram hoje (25) ao Babydoll de Nylon, um dos blocos mais aguardados do carnaval brasiliense. Inicialmente, as camisolas e robes de seda eram a vestimenta apenas dos homens que se reuniam em uma quadra comercial da cidade ao som da música Babydoll de Nylon, composição de Robertinho do Recife e Caetano Veloso que virou o hino no bloco. Hoje, no entanto, também é comum ver as mulheres vestidas com roupas de dormir para pular carnaval à tarde e noite adentro.

Fora Temer! É o Carnaval da Bahia. Fascista! Fascista!

Sábado, 25 de fevereiro de 2017
Na noite de sexta-feira (24/2), o vocalista da banda Bahia System, Russo Passapusso trouxe o debate político ao carnaval de Salvador e entoou gritos de ordem como “Fora Temer”.

No Cunha dos outros é refresco! Hoje no Gama

Sábado,25 de fevereiro de 2017

Lava Jato: Operadores do PMDB já estão presos em Brasília

Sábado, 25 de fevereiro de 2017
Pedro Peduzzi -Repórter da Agência Brasil
Já desembarcaram no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, os dois operadores financeiros alvos da 38ª fase Operação Lava Jato, batizada de Blackout, em referência ao sobrenome dos investigados. Jorge Luz e Bruno Luz tiveram a prisão preventiva decretada, mas estavam em Miami, nos Estados Unidos.

O desembarque ocorreu no início da manhã deste sábado (25) e, imediatamente, foram conduzidos pela Polícia Federal (PF) para o Instituto Médico-Legal e, em seguida, para a carceragem Superintendência da PF, na capital federal. Eles vão responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

As 30 melhores marchinhas de Carnaval. Bons tempos!

Sábado, 25 de fevereiro de 2017

Rejunta meu Bulcão leva 2,4 mil foliões à Asa Norte

Sábado, 25 de fevereiro de 2017
Na noite desta sexta (24), véspera do primeiro dia oficial de carnaval, público brincou por quatro horas em um dos 47 blocos que contam com recursos da Lei de Incentivo à Cultura

Saulo Araújo, da Agência Brasília
A terceira edição do bloco Rejunta meu Bulcão misturou arte e cultura. Os foliões se concentraram na Praça dos Prazeres, na 201 Norte, no início da noite desta sexta-feira (24), e se divertiram ao som do axé da banda Àsé Dúdú, grupo cultural que se dedica a levar mensagem da luta contra intolerância racial e religiosa por meio da música.

Previdência, Déficit e DRU

Sábado, 25 de fevereiro de 2017
Por
Aldemario Araujo Castro*

A Reforma da Previdência é um dos mais importantes e sensíveis assuntos do momento. A Proposta de Emenda Constituição (PEC) n. 287/2016 tramita com pompa e circunstância na Câmara dos Deputados. O governo de plantão, capitaneado pelos senhores Temer, Meirelles e Padilha, afirma que as contas públicas caminharão para o colapso na hipótese de rejeição da proposição. São dois os argumentos (motivações) principais para a reforma na ótica dos governistas: a) déficit crescente nas contas previdenciárias e b) trajetória de envelhecimento da população.

O aumento da expectativa de vida da população, um dos pilares do complexo problema, deve ser comemorado como representativo da melhoria das condições de vida dos brasileiros de uma forma geral. Efetivamente, esse fenômeno gera uma pressão sobre as contas da previdência social. Entretanto, é preciso analisar com todas as cautelas técnicas e total transparência a extensão do impacto em questão. Nesse ponto, segundo registro de inúmeras entidades da sociedade civil, os cálculos governamentais não são alçados à arena do debate público sobre o assunto.

Uma fábrica de dossiês para escapar da Drácon

Sábado, 25 de fevereiro de 2017
As ações são para acusar rivais políticos e desviar o foco da apuração.

Correio Braziliense/Breno Fortes/CB/D.A Press
Blog do Sombra

Áudios obtidos pelo Correio mostram como distritais envolvidos na Operação Drácon, entre eles Celina Leão e Cristiano Araújo, se articularam para tentar reduzir os danos causados pela investigação. As ações são para acusar rivais políticos e desviar o foco da apuração.

A Operação Drácon lançou cinco distritais no centro de um dos maiores escândalos da história política do DF. Os acusados contrataram um batalhão de advogados para tentar se livrar da denúncia, mas também se articularam para acusar adversários e montar dossiês, criando uma cortina de fumaça para tirá-los do foco. Os parlamentares também se mobilizaram para arquivar os pedidos de cassação dos mandatos e, principalmente, para tentar reduzir os impactos na opinião pública. Áudios captados nos gabinetes de deputados, aos quais o Correio teve acesso com exclusividade, mostram detalhes e bastidores dessa atuação, nos 10 dias que se seguiram à deflagração da Drácon. Em busca de salvação, Celina Leão, ex-presidente da Câmara Legislativa, mirou adversários, como o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o distrital Chico Vigilante (PT).