Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A maior petição em defesa das abelhas de todos os tempos!

Quinta, 16 de fevereiro de 2017


De Nell Greenberg - Avaaz 

Queridos amigos,

o imidaclopride é um químico terrível que é usado em boa parte das frutas e vegetais do mundo e que ameaça o ciclo de vida das abelhas e de outros insetos. 

Neste momento, o Canadá estuda a possibilidade de bani-lo. Eles abriram uma consulta pública para ajudá-los a decidir, mas poderosos da indústria de agroquímicos estão fazendo lobby pesado para proteger sua produção multimilionária. 


Vamos fazer com que o Canadá se mantenha firme! Inclua seu nome na petição abaixo com apenas um clique, e antes do encerramento da consulta pública, vamos enviar o maior apelo de todos os tempos para que eles ignorem o lobby e defendam as abelhas! 




Para o Primeiro-ministro Justin Trudeau, todos os líderes mundiais e ministros da Agricultura:


Nós exigimos o banimento imediato dos pesticidas neonicotinoides. O desaparecimento catastrófico de colônias de abelhas pode colocar toda nossa cadeia alimentar em risco. Se vocês agirem urgentemente e com cautela, podemos salvar as abelhas da extinção.



Abelhas e outros insetos como efemerópteros, moscas e mosquitos são seres extraordinários, responsáveis pelos elementos essenciais para a vida na Terra. Por exemplo: as abelhas são responsáveis, sozinhas, pela polinização de quase três quartos das culturas fundamentais do planeta. Mas especialistas afirmam que o imidaclopride está ligado ao colapso de colônias de abelhas e ao desaparecimento generalizado de populações de insetos – o que ameaça nosso mundo e nosso sistema alimentar.
  
A Monsanto está sedenta para se fundir com a Bayer, enquanto a Dow Chemical quer se unir à DuPont. Esses gigantes estão ficando ainda mais poderosos e aumentando a pressão para continuar vendendo seus venenos. Mas a Europa impediu o uso desses produtos assassinos de abelhas depois que a Avaaz encheu ministros com milhares de mensagens. O próximo passo é o Canadá. Se conseguirmos fechar esse mercado, isso pode ser o começo de um efeito dominó que levaria vários outros países a banir este tipo de agrotóxicos também. 


A consulta pública do Canadá poderá decidir o destino destes venenos. Se nós marcarmos presença, o banimento pode se espalhar! A consulta termina em questão de dias! Inclua seu nome: 


A ambientalista Rachel Carson, que liderou os esforços para banir o fatal pesticida DDT nos EUA, escreveu: “Aqueles que admiram a beleza da terra encontram reservas de força que durarão enquanto houver vida.” Vamos nos inspirar na beleza e na força milagrosa da natureza que nos rodeia para nos unirmos hoje em defesa das abelhas!

Com esperança, 

Nell, Ari, Oli, Camille, Ricken e a equipe da Avaaz 

Mais informação: 

Agrotóxico ameaça vida das abelhas e de outros animais (Greenpeace) 

Morte de insetos põe agricultura em risco e pode custar bilhões ao Brasil (Folha de S.Paulo) 

Abelhas, as primeiras vítimas do apocalipse apontado no ‘relógio’ dos cientistas? (G1) 

O Canadá acabou de dar um grande passo na direção do banimento de um terrível pesticida (Mother Jones, em inglês) 

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Dia da Terra

Certa vez, Einstein disse:

— Se as abelhas desaparecessem, quantos anos de vida sobrariam para a terra? Quatro, cinco? Sem as abelhas não há polinização, sem polinização não há plantas, nem animais, nem gente.

Ele falou isso numa roda de amigos.

Os amigos riram.

Ele, não.

E agora acontece que existem cada vez menos abelhas no mundo.

E hoje, Dia da Terra, vale a pena lembrar que isso não acontece por vontade divina nem maldição diabólica, e sim

por causa do assassinato dos bosques nativos e da proliferação dos bosques industriais,

por causa dos cultivos de exportação, que proíbem a diversidade da flora,

por causa dos venenos que matam as pragas enquanto matam a vida natural,

por causa dos fertilizantes químicos que fertilizam o dinheiro e esterilizam o solo,

e por causa das radiações de alguns aparelhos que a publicidade impõe à sociedade de consumo.

Eduardo Galeano, no livro Os filhos dos dias (Um calendário histórico sobre a humanidade), Editora L&PM, 2012, página 136