Segunda, 20 de fevereiro de 2017
Do Política Distrital
Profissionais altamente qualificados da rede são jogados na sarjeta para não incomodar os planos do secretário de Saúde, argumentou médica da servidora da SES-DF
Por Kleber Karpov
Desde a posse do atual secretário de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Humberto de Lucena Pereira da Fonseca, a recorrência de casos de perseguição a servidores da SES-DF. Política Distrital, juntou casos de perseguição a servidores, retaliação e prática de assédio moral atribuídos ao gestor da Pasta, considerado por colaboradores, inclusive da gestão, como “prepotente”, “inacessível” e “arrogante”, conforme denúncias de profissionais de saúde, que pedem para não serem identificados, por questões óbvias.
Nem mesmo a portaria da mordaça e a ‘caça aos rebeldes’ instituída pelo ex-secretário, João Batista de Souza, intimidou tanto, ou deixou os servidores com medo de ousarem a reagir às políticas equivocadas da gestão.
Ao menos é o que afirma uma médica ao conversar com Política Distrital e pedir sigilo da fonte, para denunciar o que considera “arbitrariedades do Secretário de Saúde”. A profissional de saúde reclama que em vez de investi na otimização da estrutura e dar prosseguimento a reestruturação da SES-DF, “o que temos assistido é o secretário colocar profissionais competentes na sarjeta e desmontar a estrutura da Secretaria de Saúde.”, denunciou.
Desperdício de talentos
Apenas ligados à subsecretaria de Gestão de Pessoas (SUGEP) a médica mencionou três servidores, a ex-subsecretária, Flávia Cáritas Gondim, e dois outros gestores que garantiam o atendimento do setor, Marineusa e o senhor Oswaldo.
“A Marineusa foi alocada no atendimento de um Centro de Saúde e Flávia transformada em entregadora de medicamento da farmácia no hospital de Ceilândia. A Flávia está proibida de ter qualquer cargo de confiança na SES-DF. As duas são extremamente capacitadas e o que vimos foi as duas surtarem por causa da perseguição. A Flavia teve que ficar um mês de licença prêmio e ameaçaram cortar o ponto dela. A Mari [Marineusa] ficou por um mês de licença. O Oswaldo, com mais de 60 anos foi o responsável por redimensionar todo o do Hospital de Samambaia e a Jaqueline [Jaqueline Carneiro, atual SUGEP], proibiu ele de entrar na SUGEP. São pessoas capacitadas, talentos que estão subutilizados por capricho do Secretário.”, lamentou a médica.
Flávia Gondim foi nomeada pelo ex-secretário, Fábio Gondim, responsável por ajudar a mapear e otimizar o banco de horas extras, que permitiriam, por exemplo, a SES-DF nomear 2 mil novos servidores ou ainda o redimensionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).