Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Paranoá: águas duvidosas para o brasiliense

Sexta, 10 de fevereiro de 2017
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
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Sem um controle e proteção das nascentes
e córregos que abastecem o Lago Paranoá,
a qualidade da água ali existente sempre
correrá riscos. Placa de alerta
Foto de Dênio Simões/Agência Brasília.
Por Chico Sant’Anna
O GDF vai usar o Lago Paranoá para o abastecimento d’água potável no Distrito Federal. A curtíssimo prazo, a missão é diminuir a emergência hídrica por que passa a Capital Federal e, a médio e longo prazo, fazer parte do sistema normal de abastecimento. São elaborados dois projetos de captação: o emergencial nas imediações da Península Norte e o outro, próximo a Ponte JK. A grande dúvida é quanto à qualidade e a quantidade d’água existente no Paranoá.
Previsto para funcionar em 180 dias ao custo de R$ 50 milhões, o projeto emergencial captaria 700 litros de água por segundo, o que representa 7,3% de toda água produzida hoje no DF. Beneficiaria a Península Norte, Setor de Mansões do Lago Norte, Taquari, Varjão, Paranoá e Itapoã. Localidades abastecidas pelo sistema de Santa Maria, segundo informou a Caesb para justificar o não racionamento nesta parte do DF.
Vem então a primeira pergunta: Se essas localidades estão fora do racionamento, porque um sistema emergencial para elas? Porque o sistema emergencial não reforça o abastecimento das áreas atendidas pela barragem do Descoberto? Ou então, se é necessário reforçar o volume d’água, porque não incluir essas localidades no racionamento?